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O Clima, a topografia e o solo – e as influências paralelas em ambientes aquáticos – determinam o caráter de mudança da vida animal e vegetal sobre a superfície da Terra. Embora não haja lugares que abriguem exatamente o mesmo conjunto de espécies, podemos agrupar unidades biológicas em categorias baseadas em suas formas vegetais dominantes, o que dá às comunidades a sua característica geral. Estas categorias são denominadas biomas.
O conceito de bioma é um sistema de classificar as comunidades biológicas e ecossistemas com base em semelhanças de suas características vegetais.
Assim, os biomas proporcionam pontos de referência convenientes para compassar processos ecológicos em diversos tipos de comunidades e ecossistemas.
Os biomas terrestres importantes na América do Norte, por exemplo, são a tundra, a floresta boreal, a floresta temperada sazonal, a floresta temperada, os campos e o deserto subtropical. Para o sul, no México e na América Central, os biomas importantes são a floresta pluvial tropical, a floresta tropical decídua e a savana tropical. No Brasil, os biomas são reconhecidamente diferenciados em Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Campos Sulinos, Caatinga, Pantanal e Zona Costeira e Marinha.
É importante ter um panorama geral de cada um dos biomas para entendimento básico do que estamos tratando. Vejamos agora um breve cenário sobre a Mata Atlântica, o Cerrado, Caatinga, Pantanal, Amazônia, Zona Costeira e Marinha e Campos Sulinos.
Mata Atlântica
A Mata Atlântica, o 5º bioma mais ameaçado do mundo, cobria originalmente mais de um milhão de quilômetros quadrados, distribuídos ao longo da costa brasileira, com algumas penetrações para o interior. A grande extensão geográfica e diversidade de clima, solos e relevo proporcionaram a existência de uma incomparável diversidade biológica. De acordo com Myers et al. (2000), na Mata Atlântica ocorrem 20.000 espécies de plantas (27% do total de espécies do mundo), sendo 8.000 endêmicas. Esse bioma é o recordista mundial de diversidade de plantas lenhosas, com 458 espécies encontradas em um único hectare, na região sul da Bahia.
A diversidade e o número de endemismos entre os vertebrados também é impressionante: 251 espécies de mamíferos, com 160 endêmicas; 620 espécies de aves, com 73 endêmicas; 200 Répteis, com 60 endêmicos e 280 Anfíbios, dos quais 253 são endêmicos (Mittermeier et al. 1999). De acordo com esses números, 2,1% do total de espécies desses quatro grupos de vertebrados existentes no mundo só ocorrem na Mata Atlântica brasileira. A ocupação e uso do solo, feita de maneira desordenada, resultaram na sua quase completa destruição. Dados recentes (Fundação SOS Mata Atlântica et al. 1998) estimaram que apenas 8% da área original do bioma ainda persistem em manchas isoladas (Conservation International et al. 2000). Em algumas regiões do nordeste brasileiro, permanece menos de 1% da cobertura vegetal original da Mata Atlântica.
A exploração da Mata Atlântica vem ocorrendo desde a chegada dos portugueses ao Brasil, cujo interesse primordial era exploração do pau-brasil. O processo de desmatamento prosseguiu durante os ciclos da cana-de-açúcar, do ouro, da produção de carvão vegetal, da extração de madeira, da plantação dos cafezais e pastagens, da produção de papel e celulose, do estabelecimento de assentamentos de colonos, da construção de rodovias e barragens, e de um amplo e intensivo processo de urbanização, onde estão 70% da população brasileira, e também se encontram as maiores cidades e os mais importantes polos industriais do Brasil, como São Paulo
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