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Uma das personagens mais enigmáticas para mim no livro é a Elsa, mãe de Bruno. Quando li pelas primeiras vezes o livro, não me atentei muito a ela, pois eu era adolescente e o possível romance de Gratel com um tenente e o desenrolar da amizade de Bruno e Shmuel me chamaram toda a atenção. Porém, depois que me tornei mãe, já na primeira leitura ela já me pareceu mais destacada e com o tempo e outras novas leituras foi ganhando cada vez mais espaço no livro. No começo, me questionava como uma mãe, por mais patriota e boa esposa que seja, submete seus filhos a estar tão próximos a algo tão terrível quanto o que era praticado nos campos. Até que em uma das cenas, fica claro que apesar de saber da guerra e seu propósito, ela desconhece as práticas desumanas realizadas contra os judeus.
Fico me perguntando, o que eu, em meio a uma Alemanha em guerra, esposa e mãe de dois filhos de um comandante tão apreciado pelo próprio Hitler, faria no lugar dela, ao descobrir onde estava e o que estava realmente acontecendo a minha volta. No livro ela surta, sucumbe a compaixão pelos judeus e se volta para dentro de si, amargando-se na própria infelicidade, porém ao fazer isso ela "abandona" os filhos, tanto o que ela julga ser uma inocente criança de 9 anos apenas brincando no quintal, quanto a filha pré-adolescente que aos 12 anos prega o ódio aos judeus como se eles fossem lixo, mas aos poucos ela convence o marido do quanto aquele lugar pode prejudicar os filhos e o convence a deixá-los morando com um parente em um lugar longe daquelas maldades todas, mudança que chega um pouco tarde, para uma parte importante da família - deixando no ar, para aumentar muito mais a curiosidade daqueles que ainda não leram!!
É fácil pensar hoje em acabar com o casamento e fugir com os filhos daquela situação aterrorizante, porém naquela época, no meio de uma guerra, se voltar contra seu marido e principalmente contra seu país, além de perigoso, era insano para ela, que apesar de tudo, amava o marido comandante. Assim como ela, eu com as mesmas condições faria o mesmo, usaria todo meu jogo de cintura para contornar a situação e sair o mais depressa com meus filhos dali, mesmo que minha vontade fosse explodir e externar toda a raiva e desgosto que me acometeria
Fico me perguntando, o que eu, em meio a uma Alemanha em guerra, esposa e mãe de dois filhos de um comandante tão apreciado pelo próprio Hitler, faria no lugar dela, ao descobrir onde estava e o que estava realmente acontecendo a minha volta. No livro ela surta, sucumbe a compaixão pelos judeus e se volta para dentro de si, amargando-se na própria infelicidade, porém ao fazer isso ela "abandona" os filhos, tanto o que ela julga ser uma inocente criança de 9 anos apenas brincando no quintal, quanto a filha pré-adolescente que aos 12 anos prega o ódio aos judeus como se eles fossem lixo, mas aos poucos ela convence o marido do quanto aquele lugar pode prejudicar os filhos e o convence a deixá-los morando com um parente em um lugar longe daquelas maldades todas, mudança que chega um pouco tarde, para uma parte importante da família - deixando no ar, para aumentar muito mais a curiosidade daqueles que ainda não leram!!
É fácil pensar hoje em acabar com o casamento e fugir com os filhos daquela situação aterrorizante, porém naquela época, no meio de uma guerra, se voltar contra seu marido e principalmente contra seu país, além de perigoso, era insano para ela, que apesar de tudo, amava o marido comandante. Assim como ela, eu com as mesmas condições faria o mesmo, usaria todo meu jogo de cintura para contornar a situação e sair o mais depressa com meus filhos dali, mesmo que minha vontade fosse explodir e externar toda a raiva e desgosto que me acometeria
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