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Quando os pesquisadores localizaram os ossos do Australopithecus sediba numa caverna da África do Sul podem ter encontrado o ancestral direto do homem moderno. Caso essa teoria seja aceita, deverá redesenhar a árvore genealógica do homem, uma vez que o australopiteco tomaria o lugar do Homo habilis.
Os fósseis foram descobertos por Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo. Em artigo publicado nesta quinta-feira na revista "Science", o pesquisador coloca o Australopithecus sediba como uma espécie de transição. Outros especialistas, porém, ainda resistem á teoria.
Bem conservados e completos, os fósseis foram descritos pela primeira vez no ano passado. Primeiro foram encontrados dois crânios. Depois, os pesquisadores liderados por Berger recuperaram a mão direita, um pé e a pélvis.
Aparentemente, os australopitecos caíram na caverna há 1,9 milhão de anos. Semanas depois, seus ossos foram fossilizados por sedimentos. As rochas foram gradualmente erodindo até que surgiram na superfície, sendo encontrados pelo filho de Berger, Matthew, em 2008.
No artigo para a Science, a equipe de Berger descreve que a mão do australopiteco é longa, tem dedos fortes e adaptados para subir em árvores, o que o aproxima de macacos. Porém, o polegar longo permitiria a criação de ferramentas de precisão, característica humana.
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