O Sexo Feminino em campanha pela emancipação da mulher (1873/1874)
Texto Acadêmico
“O jornal apresentava-se bem fundamentado, como árduo defensor das causas femininas. Sua proprietária e redatora principal, a professora D. Francisca Senhorinha da Motta Diniz, contava com a colaboração de suas duas filhas - Albertina e Amélia Diniz - que formavam, impulsionadas por Senhorinha, o que se poderia chamar de uma trindade feminina em defesa dos interesses da mulher. (...)
Embora imprimisse originalidade argumentativa, O Sexo Feminino apresentava-se com diagramação muito próxima da imprensa do período que, raramente, ultrapassava quatro páginas, com folhas tipografadas. Sua tiragem alcançava média de 800 exemplares e, após os dez primeiros números do semanário, foram reimpressos outros 4000. Uma quantidade significativa para o período, sobretudo se considerarmos o número de leitores e leitoras em potencial, assim como o da população de Campanha. De uma população total de 20.071 pessoas em Campanha, apenas 1.458 sabiam ler e escrever em 1872, ou seja, cerca de 7% da população total, número pouco superior à diminuta média nacional, que era de 5,5% do total da população, segundo dados do Recenseamento daquele ano. O Sexo Feminino atingia, provavelmente, uma razoável porcentagem da população feminina local alfabetizada, assim como um público fora dos limites da cidade.”
Sobre este documento
Título
O Sexo Feminino em campanha pela emancipação da mulher (1873/1874)
Tipo de documento
Texto Acadêmico
Origem
Cecília Vieira do Nascimento. O Sexo Feminino em campanha pela emancipação da mulher (1873/1874). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais, 2004, pp. 19-21.
Créditos
Cecília Vieira do Nascimento.
Palavras-chave
gênero
Imprensa
instrução feminina
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A partir das informações apresentadas pela autora e da leitura do jornal apresentado na questão 16, podemos afirmar que:
Alternativas
(A) O semanário revela a articulação de uma elite intelectual feminina no século XIX que fez da imprensa um importante espaço de discussão, o que questiona a ideia de uma ausência feminina da vida pública brasileira.
(B) O baixo número de mulheres alfabetizadas na cidade de Campanha explica a curta existência do semanário, reforçando a ideia do pertencimento da mulher a um campo mais próximo da oralidade que da escrita.
(C) "O Sexo Feminino", como outros jornais editados por e para mulheres, indica o crescimento da luta pela ampliação dos direitos da mulher na sociedade brasileira.
(D) O periódico, ao trazer a frase do francês Louis Aimé-Martin logo abaixo de seu título - "É pelo intermédio da mulher que a natureza escreve no coração do homem" - reafirma a importância da mulher pela relação que ela estabelece com o homem, e não por sua individualidade.
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(D) O periódico, ao trazer a frase do francês Louis Aimé-Martin logo abaixo de seu título - "É pelo intermédio da mulher que a natureza escreve no coração do homem" - reafirma a importância da mulher pela relação que ela estabelece com o homem, e não por sua individualidade.
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