No documento “Previdência: reformar para excluir?”, os autores discutem vários impactos da reforma da previdência, entre os quais, aqueles que afetarão as mulheres com o aumento da idade mínima e do tempo de contribuição para se aposentar.

“Outra questão de gênero da maior importância é a intenção do governo de aumentar o número mínimo de anos de contribuição para acesso à aposentadoria por idade, hoje estabelecida em 15 anos. Como a aposentadoria por idade é a modalidade mais acessada pelas mulheres, devido à dificuldade de acúmulo de anos de contribuição suficientes para acessar à aposentadoria por tempo de contribuição, essa medida as desfavorece. Enquanto entre as mulheres 64,5% das aposentadorias concedidas em 2014, foram por idade, apenas 36,1% das aposentadorias concedidas aos homens eram por esta modalidade” (DIEESE; ANFIP. Previdência: reformar para excluir? Contribuição técnica ao debate sobre a reforma da previdência social brasileira. Brasília: DIEESE/ANFIP, 2017. p. 149. [Documento completo].

Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2017).

Associe as posições em relação a essas mudanças, apresentadas na coluna da esquerda, com os seus argumentos defendidos por cada uma delas, apresentados na coluna da direita.

I. Posição favorável ao aumento do tempo de contribuição e da idade mínima para a aposentadoria.


II. Posição contrária ao aumento do tempo de contribuição e da idade mínima para a aposentadoria.


1. O aumento do tempo contribuição de 15 para 25 anos exigidos às mulheres para se aposentarem provocará uma masculinização da Previdência Social no Brasil.
2. A aproximação entre a idade mínima e o tempo de contribuição das mulheres em relação aos homens é necessária porque elas têm uma expectativa de vida maior que a dos homens ao nascer.
3. A alteração pela reforma da previdência nas diferenças no tempo de contribuição e na idade da aposentadoria das mulheres em relação aos homens não reconhece e não contabiliza o trabalho reprodutivo (doméstico) realizado por elas e que interfere na sua participação no mercado de trabalho.
4. O aumento do tempo de contribuição e da idade mínima deve-se ao desequilíbrio entre o tempo de contribuição das mulheres e o acúmulo de benefícios que elas recebem da Previdência.
5. O princípio da diferenciação de idades baseia-se no reconhecimento de um trabalho não contributivo realizado pelas mulheres, por isso a importância da manutenção dos 5 anos de diferenciação em contraposição ao que propõe a reforma da previdência. Assinale a alternativa que contém a sequência correta da associação.

a.
I-2;3.
II-1;4;5
b.

I- 2; 4.
II- 1; 3; 5

c.
I-2;4;5.
II-1;3.
d.

I-2.
II-1;3;4;5.

e.

I-1;3;4.
II-2;5

Respostas

respondido por: winederrn
5
Opah!

Abaixo, seguem as mesmas considerações para você.

Diante dos argumentos apresentados, podemos verificar que:


os itens 2 e 4 apresentam posicionamentos favoráveis ao aumento do tempo de contribuição e da idade mínima para a aposentadoria. Como exemplo, podemos destacar: o fato de que, no Brasil, a expectativa de vida das mulheres é maior do que a dos homens


Por outro lado, os itens 1, 3 e 5 apresentam posicionamentos desfavoráveis/contrários ao aumento do tempo de contribuição e da idade mínima para a aposentadoria. Como exemplo, podemos destacar: o fato de que as mulheres possuem mais dificuldades para conseguir uma aposentadoria por tempo de contribuição.


Diante do exposto, a alternativa correta é:

"b. I- 2; 4; II- 1; 3; 5".



Até logo!
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