Respostas
Jesus teve “compaixão das multidões” e lutou por alcançar, com o Seu ministério, o maior número possível de pessoas. Mas evidentemente sentiu que poderia fazer muito mais a favor do mundo, tendo ao Seu lado alguns homens escolhidos cheios do Seu espírito para continuarem a Sua obra, do que Ele mesmo levar todo o tempo em pregações públicas. Logo no início do ministério, Jesus convidou alguns para serem Seus companheiros e participantes da Sua missão.
Depois, dentre os que creram nele, fez escolha de doze, para serem Seus companheiros mais íntimos. Numa ocasião também escolheu setenta, aos quais preparou para o ministério especial da pregação. As relações de Jesus para com Seus discípulos, especialmente para com os doze, constituem uma das partes características mais importantes da Sua obra. A estes, ministrou ensinos que não deu aos demais de modo geral, e os preparou, de sorte que, após a Sua volta aos céus, esses apóstolos pudessem revelar um conhecimento perfeito do Mestre, do Seu ensino, da Revelação de Deus, e da Salvação que, pelo Filho, mandou ao mundo; e também a conduta de vida para a qual Cristo chamou todos os homens.
Próximo ao fim do Seu ministério, Jesus dedicou-se mais e mais a esta natureza de trabalho com Seus discípulos. Após a ressurreição apareceu somente aos seus discípulos. Suas últimas palavras foram uma ordem definida para que levassem o anúncio do Evangelho a “todas as nações” e uma promessa de assisti-los com poder, através de todos os tempos enquanto estives sem realizando a sua missão por todo o mundo.
[b] Jesus funda a sua Igreja
Evidentemente Jesus deixou clara a necessidade de haver uma sociedade constituída dos Seus seguidores a fim de oferecer ao mundo o Evangelho e ministrar em Seu espírito, os ensinos que lhes dera. O objetivo era propagar o Reino de Deus. Ele não modelou qualquer organização ou plano de governo para esta sociedade. Não indicou oficiais para exercerem autoridade sobre os membros de tal organização. Credo algum prescreveu para ela. Nenhum código de regras lhe fora imposto. Não prescreveu ordens em formas de culto. Apenas deu aos seguidores os ritos religiosos mais simples: o batismo, com água, para significar a purificação espiritual e consagração ao Seu discipulado; e a Ceia do Senhor, na qual usou um pouco dos elementos mais comuns da alimentação, como uma comemoração ou lembrança dele próprio, especialmente da Sua morte para a redenção dos homens.
Conseqüentemente, em nada do que Jesus fez podemos descobrir a organização da Igreja. Fez mais, do que dar organização: deu vida à Igreja. Ele fundou a Igreja, ou melhor, Ele mesmo a criou.
Jesus formou uma sociedade dos Seus seguidores, agrupando-os ao redor de si mesmo. Comunicou a esse grupo, até onde era possível, Sua própria vida. Seu espírito e propósito. Prometeu dar através dos séculos, vitalidade a esta sociedade, Sua Igreja. E Sua grande dádiva a ela foi o dom dele próprio. Nele, a Igreja teria de encontrar os seus princípios, os seus objetivos, o seu poder. Deixou a Igreja livre para escolher as formas de organização e de culto, afirmações de crença, métodos de trabalho, etc. O propósito de Cristo era que a vida da Sua igreja, isto é, a vida do Salvador latente em Seus seguidores, se expressasse pelos modos que lhes parecessem mais apropriados para a consecução do grande objetivo em vista.
2 – A IGREJA APOSTÓLICA (Até o Ano 100 A.D.)