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A famosa Teoria de Malthus é uma previsão que não se confirmou. Segundo ele, a população da Terra estava crescendo a uma proporção geométrica, e a produção de alimentos para abastecer esta população em proporção aritmética. Portanto, num futuro não muito distante haveria fome em larga escala.
Os neolmalthusianos, a maioria não assumidos mas igualmente catastrofistas, argumentam que, vá lá, a produção de alimentos até tem capacidade de crescer mais rápido do que a população (é o que acontece de fato, e com redução da área plantada), mas a água vai ficar escassa, o petróleo, o mar vai subir, o buraco de ozônio, a extinção dos pandas, etc, etc, etc. Ou seja, para os neomalthusianos a população continua crescendo enquanto a sustentabilidade disso para o planeta diminui.
A realidade demográfica mundial é que, mantidas as atuais tendências, ou seja, se elas não se aprofundarem (o que é mais provável), a população mundial pára de crescer em 2050 na altura aproximada de 8 bilhões de pessoas, na média consideravelmente mais velhas do que hoje. Aposto que esta data vem antes e talvez com menos que os 8 bilhões.
A Terra não vai acabar por que tem humanos demais, ou por que queimamos petróleo. A aventura humana na Terra vai acabar um dia por causas naturais (redução do campo eletromagnético, por exemplo) ou acidentais (grandes erupções, meteoros), não por que o ser humano tenha a capacidade de destruir a si mesmo. Não tem.
O fato é que lembrar Malthus ou ser neomalthusiano vende manchete de jornal. As pessoas querem ter com que se preocupar, o que discutir, "oh, estamos vivendo o fim dos tempos", se não morrem de tédio.
Ele não levou em conta a auto-regulação da forma de vida humana, onde a taxa de natalidade não é tão superior a de mortalidade e não contava com os altos índices de produtividade, em que temos hoje alimentos mais do que suficientes, em que grande parte é desperdiçada, mesmo com pessoas passando fome na áfrica