Respostas
Desde a Conjuração Baiana, em 1798, o sentimento de independência em relação a Portugal estava enraizado na população da Bahia. A Revolução Liberal do Porto, de 1820, teve uma grande repercussão na Bahia e, em fevereiro de 1821, explodiu uma conspiração de cunho constitucionalista em Salvador, contando com a participação de José Pedro de Alcântara, Cipriano Barata, o capitão João Ribeiro Neves, dentre outros. A exemplo de Portugal, os conspiradores liberais queriam uma constituição que limitasse o poder real. Nesse período, as relações entre portugueses e brasileiros começaram a se acirrar. Em 11 de fevereiro de 1822, um novo grupo do governo, administrado pelo Brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo deu motivo para o início das disputas, pois o novo governador da cidade se declarava fiel a Portugal.
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Os conflitos
Os primeiros conflitos tiveram início em 19 de fevereiro de 1822, nos arredores do Forte de São Pedro, alastrando-se, em pouco tempo, para as imediações da cidade de Salvador. Na Bahia, três facções mantinham a luta acesa: os partidários da manutenção do regime colonial (composto majoritariamente por portugueses); os constitucionalistas do Brasil, que defendiam uma constituição para o país; e os republicanos, que eram adeptos da emancipação política, com a adoção de um regime republicano.
Na primeira onda de conflitos, as tropas lusitanas invadiram casas, enfrentaram militares nativos e atacaram civis. O episódio mais marcante ocorreu com a invasão de um português ao Convento da Lapa e o assassinato da abadessa Sóror Joana Angélica. Posteriormente, o movimento separatista ganhou forças em outras vilas, como a de São Francisco e Cachoeira.
Após outros confrontos que tomaram outras cidades do Recôncavo Baiano e a capital Salvador, com a resistência eficiente dos defensores da independência e o apoio de tropas sob a liderança do militar britânico Thomas Cochrane, as tropas fiéis a Portugal foram derrotadas em 2 de julho de 1823. Esta data marca o feriado da denominada Independência da Bahia.