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A Grande Revolução Cultural Proletária(conhecida como Revolução Cultural Chinesa) foi uma profunda campanha político-ideológica levada a cabo a partir de 1966 na República Popular da China, pelo então líder do Partido Comunista Chinês, Mao Tsé-tung, cujo objetivo era neutralizar a crescente oposição que lhe faziam alguns setores menos radicais do partido, em decorrência do fracasso do plano econômico Grande Salto Adiante (1958—1960), cujos efeitos acarretaram a morte de milhões de pessoas devido à fome generalizadaconhecida como a Grande Fome Chinesa.[1]
A campanha foi acompanhada por vários episódios de violência, instigada principalmente pela Guarda Vermelha, por grupos de jovens oriundos dos mais diversos setores (militares, camponeses, estudantes, elementos do partido, governo, etc.) que, organizados nos chamados "comitês revolucionários", atacavam aqueles suspeitos de deslealdade política ao regime, à figura de Mao e ao Maoísmo, a fim de consolidar (ou restabelecer) o poder do líder onde fosse necessário. Os alvos da Revolução eram membros do partido mais alinhados com o Ocidente ou com a União Soviética, funcionários burocratas, e, sobretudo, intelectuais (anti-intelectualismo). Como na intelectualidade se encontravam alguns dos potenciais inimigos da revolução, o ensino superior foi praticamente desativado no país. Foi neste período que se alavancou a produção e distribuição de O Livro Vermelho, a coletânea de citações de Mao que exaltam sua ideologia e professam uma forma de culto à sua personalidade.
Incidental ou intencionalmente, o movimento acabou enfraquecendo os adversários de Mao e representou uma depuração partidária, contra o revisionismo que se insinuava. O processo foi oficialmente terminado por Mao, durante o IX Congresso do Partido Comunista da China em abril de 1969. Todavia, especialistas afirmam que ele durou, de fato, até à morte de Mao, em 1976, e a subida ao poder de Deng Xiaoping, então Secretário-Geral do Partido, o qual, gradualmente, deu início às mudanças nos rumos políticos e econômicos do país. Pouco depois da morte de Mao, os membros do grupo denominado Camarilha dos Quatro — Jiang Qing, esposa do líder falecido, Zhang Chunqiao, Wang Hongwen e Yao Wenyuan — foram presos sob as acusações de ambicionarem tomar o poder e terem cometidos excessos por ocasião da implementação e consolidação da Revolução Cultural.
A questão de como uma luta pelo poder atingiu níveis tão elevados de violência e desordem social tem intrigado historiadores e especialistas em psicologia de massa e, em decorrência disso, têm sido publicados inúmeros estudos acadêmicos, tanto na China como fora dela, que tentam dar explicações sobre as causas dos acontecimentos daqueles anos.
A campanha foi acompanhada por vários episódios de violência, instigada principalmente pela Guarda Vermelha, por grupos de jovens oriundos dos mais diversos setores (militares, camponeses, estudantes, elementos do partido, governo, etc.) que, organizados nos chamados "comitês revolucionários", atacavam aqueles suspeitos de deslealdade política ao regime, à figura de Mao e ao Maoísmo, a fim de consolidar (ou restabelecer) o poder do líder onde fosse necessário. Os alvos da Revolução eram membros do partido mais alinhados com o Ocidente ou com a União Soviética, funcionários burocratas, e, sobretudo, intelectuais (anti-intelectualismo). Como na intelectualidade se encontravam alguns dos potenciais inimigos da revolução, o ensino superior foi praticamente desativado no país. Foi neste período que se alavancou a produção e distribuição de O Livro Vermelho, a coletânea de citações de Mao que exaltam sua ideologia e professam uma forma de culto à sua personalidade.
Incidental ou intencionalmente, o movimento acabou enfraquecendo os adversários de Mao e representou uma depuração partidária, contra o revisionismo que se insinuava. O processo foi oficialmente terminado por Mao, durante o IX Congresso do Partido Comunista da China em abril de 1969. Todavia, especialistas afirmam que ele durou, de fato, até à morte de Mao, em 1976, e a subida ao poder de Deng Xiaoping, então Secretário-Geral do Partido, o qual, gradualmente, deu início às mudanças nos rumos políticos e econômicos do país. Pouco depois da morte de Mao, os membros do grupo denominado Camarilha dos Quatro — Jiang Qing, esposa do líder falecido, Zhang Chunqiao, Wang Hongwen e Yao Wenyuan — foram presos sob as acusações de ambicionarem tomar o poder e terem cometidos excessos por ocasião da implementação e consolidação da Revolução Cultural.
A questão de como uma luta pelo poder atingiu níveis tão elevados de violência e desordem social tem intrigado historiadores e especialistas em psicologia de massa e, em decorrência disso, têm sido publicados inúmeros estudos acadêmicos, tanto na China como fora dela, que tentam dar explicações sobre as causas dos acontecimentos daqueles anos.
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