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Na segunda metade do século XVI a Igreja Romana vivia uma das piores crises de sempre. O movimento protestante provocara a primeira grande divisão do cristianismo ocidental. Era urgente uma reforma profunda e o Papa convocou um Concílio que duraria 18 anos.
Havia uma crise de fé que já preocupava a Igreja quando Martinho Lutero cometeu “a heresia” de pôr em causa a maior parte dos cânones católicos. O movimento iniciado na Alemanha por este teólogo alemão, contestava ferozmente o papado mas, na verdade, as críticas ao comportamento corrupto e abusivo do clero tinham começado nos finais da Idade Média. Aos olhos dos fiéis, estes homens que se diziam de Deus viviam no vício e no luxo, como qualquer outro mortal abastado. Erasmo de Roterdão foi um dos clérigos a condenar todos os papas que facilmente trocavam a doutrina cristã pelas riquezas terrenas.
Foi este crescente desagrado que originou no século XVI o grande cisma entre os cristãos do ocidente. Os seguidores de Lutero desviaram-se do catolicismo e fizeram a sua reforma. Queriam renovar a Igreja, fazer uma reinterpretação das Escrituras com rituais simplificados, sem imagens de santos ou indulgências para alcançar a salvação da alma. Os ideais religiosos depressa se espalharam pela Europa e o papa acabou por convocar uma reunião para Trento, cidade no norte de Itália. Porém, católicos e protestantes nunca chegariam a sentar-se à mesma mesa. A divisão estava consumada.
À chamada de Paulo III compareceram cardeais, arcebispos, bispos, gerais de ordens e teólogos que no dia 13 de dezembro de 1545 iniciaram o décimo nono concílio ecuménico. Deste encontro, interrompido diversas vezes por causa das guerras na Europa e por isso só terminado em 1563, saíram as linhas da Contrarreforma católica: mais doutrina, mais disciplina e uma redefinição dos dogmas da fé. Algumas das decisões ali tomadas ainda hoje se mantêm.
Aos fiéis, a mensagem de Trento chegaria de uma forma mais direta, sensorial e sedutora. As Igrejas vestiram-se de talha dourada, cheias de altares e retábulos cobertos de santos e outros símbolos religiosos que prendiam o olhar e convidavam à veneração de novos e velhos crentes. O Barroco foi assim a propaganda mais eficaz do catolicismo contra os avanços do Protestantismo. No Mosteiro de Tibães encontramos um exemplo.
resposta:Na segunda metade do século XVI a Igreja Romana vivia uma das piores crises de sempre. O movimento protestante provocara a primeira grande divisão do cristianismo ocidental. Era urgente uma reforma profunda e o Papa convocou um Concílio que duraria 18 anos.
Havia uma crise de fé que já preocupava a Igreja quando Martinho Lutero cometeu “a heresia” de pôr em causa a maior parte dos cânones católicos. O movimento iniciado na Alemanha por este teólogo alemão, contestava ferozmente o papado mas, na verdade, as críticas ao comportamento corrupto e abusivo do clero tinham começado nos finais da Idade Média. Aos olhos dos fiéis, estes homens que se diziam de Deus viviam no vício e no luxo, como qualquer outro mortal abastado. Erasmo de Roterdão foi um dos clérigos a condenar todos os papas que facilmente trocavam a doutrina cristã pelas riquezas terrenas.
Foi este crescente desagrado que originou no século XVI o grande cisma entre os cristãos do ocidente. Os seguidores de Lutero desviaram-se do catolicismo e fizeram a sua reforma. Queriam renovar a Igreja, fazer uma reinterpretação das Escrituras com rituais simplificados, sem imagens de santos ou indulgências para alcançar a salvação da alma. Os ideais religiosos depressa se espalharam pela Europa e o papa acabou por convocar uma reunião para Trento, cidade no norte de Itália. Porém, católicos e protestantes nunca chegariam a sentar-se à mesma mesa. A divisão estava consumada.
À chamada de Paulo III compareceram cardeais, arcebispos, bispos, gerais de ordens e teólogos que no dia 13 de dezembro de 1545 iniciaram o décimo nono concílio ecuménico. Deste encontro, interrompido diversas vezes por causa das guerras na Europa e por isso só terminado em 1563, saíram as linhas da Contrarreforma católica: mais doutrina, mais disciplina e uma redefinição dos dogmas da fé. Algumas das decisões ali tomadas ainda hoje se mantêm.
Aos fiéis, a mensagem de Trento chegaria de uma forma mais direta, sensorial e sedutora. As Igrejas vestiram-se de talha dourada, cheias de altares e retábulos cobertos de santos e outros símbolos religiosos que prendiam o olhar e convidavam à veneração de novos e velhos crentes. O Barroco foi assim a propaganda mais eficaz do catolicismo contra os avanços do Protestantismo. No Mosteiro de Tibães encontramos um exemplo
obrigada espero que tenha ajudado