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Início Antigo Egito A Unificação do Egito
ANTIGO EGITO
A Unificação do Egito
Por
Administrador
-
30/10/2010
1755
14
A Unificação do Egito
A história egípcia tem início com a unificação dos dois territórios (Baixo e Alto Egito). A partir desse momento, em meados de 3200 a.C., teve início a Era das Trinta e Uma Dinastias, até as sucessivas invasões que culminaram na queda do império.
Segundo MILLARD (1975, p. 11):
“OS PRIMEIROS HABITANTES DO EGITO NECESSITAVAM DE GRANDE CORAGEM PARA PENETRAR NO VALE DO NILO, COM SEUS PÂNTANOS E ANIMAIS PERIGOSOS. OS SEUS DESCENDENTES FORAM DESCOBRINDO NOVOS MODOS DE VIDA. PARA CONSEGUIR VIVER, TIVERAM QUE APRENDER A IRRIGAR AS TERRAS, ARMAZENANDO AS ÁGUAS DO NILO NUM SISTEMA DE CANAIS. PARA ISSO, TINHAM DE TRABALHAR JUNTOS E NECESSITAVAM DE CHEFES FORTE E INTELIGENTES[…]AOS POUCOS SUAS PEQUENAS COLÔNIAS (NOMOS) UNIRAM-SE ATRAVÉS DE ALIANÇAS OU CONQUISTAS.”
A Paleta de Narmer
A paleta de Narmer, que se encontra atualmente no Museu egípcio do Cairo, retrata o Faraó usando as duas coroas (Baixo e Alto Egito) em momentos distintos. Alan Gardiner, um dos maiores especialistas em Hieróglifos, disse que as imagens mostram claramente o Faraó sendo saudado como o conquistador do Baixo Egito. A paleta era um artefato muito comum no antigo Egito e servia como base para misturar tintas, cremes e óleos que se aplicavam ao corpo. Pensa-se que foi Narmer que unificou o Egito, mas segundo o historiador egípcio Maneton o primeiro unificador teria sido um Faraó de nome Menés. Para muitos estudiosos, Narmer e Menés seriam a mesma pessoa, e Menés seria a forma grega de escrita do nome Narmer.
Coroa da Unificação do Alto e Baixo Egito
Coroa Azul usada durante as guerras
A unificação do Egito foi um trabalho intenso de pacificação entre os dois lados. Narmer e os Faraós seguintes casaram-se com princesas do Baixo Egito a fim de mostrar união entre os lados. A ideia não era demonstrar superioridade, e sim mostrar que a unificação fortaleceria o Egito. Porém mesmo com todo esse esforço a 1ª dinastia ficou longe de estar totalmente pacificada. O primeiro Faraó da 2ª dinastia, para o qual o nome de Hórus é Hetepsekhemui e significa “os dois poderes estão em paz”, reafirmou o momento tumultuado que o fim da 1ª dinastia sofreu e mostrou a sua vontade de acalmar os ânimos da população.
Mesmo com o esforço de alguns para tentar soluções pacíficas, outros fizeram frente às regiões. Peribsen, Faraó da 2ª dinastia, na tentativa de acabar com a rivalidade entre o Alto e o Baixo Egito ou almejando mostrar o poder do Alto Egito (há muitas divergências sobre a real finalidade), escolheu o Deus Seth ao invés de Hórus e nas representações de seu nome usava o animal associado a Seth (deus do Alto Egito), abolindo totalmente o até então principal deus, Hórus. Vale ressaltar que Hórus, mesmo sendo o deus do Baixo Egito, foi escolhido por Narmer como divindade, muito provavelmente a fim de mostrar que realmente a unificação seria uma união entre os lados.
O Faraó Khasekhemui foi o sucessor de Peribsen e pouco se sabe sobre a sua vida, mas foi o único faraó da história a ter os dois deuses, Hórus e Seth, em seu Serekh, sendo essa mais uma tentativa de mostrar ao povo a ideia de unificação. Depois da morte de Khasekhemui, o Deus Seth foi retirado de seus Serekhs, passando Hórus a ser novamente a divindade principal. Seth, de modo geral, começava a ser visto como um deus maligno, sendo associado às inúmeras mortes necessárias para a unificação. Durando um longo período, a união entre o Baixo e o Alto Egito passou por uma instabilidade política na 7ª dinastia, quando diversos reis assumiram o poder em um espaço curto de tempo.
Início Antigo Egito A Unificação do Egito
ANTIGO EGITO
A Unificação do Egito
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Administrador
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30/10/2010
1755
14
A Unificação do Egito
A história egípcia tem início com a unificação dos dois territórios (Baixo e Alto Egito). A partir desse momento, em meados de 3200 a.C., teve início a Era das Trinta e Uma Dinastias, até as sucessivas invasões que culminaram na queda do império.
Segundo MILLARD (1975, p. 11):
“OS PRIMEIROS HABITANTES DO EGITO NECESSITAVAM DE GRANDE CORAGEM PARA PENETRAR NO VALE DO NILO, COM SEUS PÂNTANOS E ANIMAIS PERIGOSOS. OS SEUS DESCENDENTES FORAM DESCOBRINDO NOVOS MODOS DE VIDA. PARA CONSEGUIR VIVER, TIVERAM QUE APRENDER A IRRIGAR AS TERRAS, ARMAZENANDO AS ÁGUAS DO NILO NUM SISTEMA DE CANAIS. PARA ISSO, TINHAM DE TRABALHAR JUNTOS E NECESSITAVAM DE CHEFES FORTE E INTELIGENTES[…]AOS POUCOS SUAS PEQUENAS COLÔNIAS (NOMOS) UNIRAM-SE ATRAVÉS DE ALIANÇAS OU CONQUISTAS.”
A Paleta de Narmer
A paleta de Narmer, que se encontra atualmente no Museu egípcio do Cairo, retrata o Faraó usando as duas coroas (Baixo e Alto Egito) em momentos distintos. Alan Gardiner, um dos maiores especialistas em Hieróglifos, disse que as imagens mostram claramente o Faraó sendo saudado como o conquistador do Baixo Egito. A paleta era um artefato muito comum no antigo Egito e servia como base para misturar tintas, cremes e óleos que se aplicavam ao corpo. Pensa-se que foi Narmer que unificou o Egito, mas segundo o historiador egípcio Maneton o primeiro unificador teria sido um Faraó de nome Menés. Para muitos estudiosos, Narmer e Menés seriam a mesma pessoa, e Menés seria a forma grega de escrita do nome Narmer.
Coroa da Unificação do Alto e Baixo Egito
Coroa Azul usada durante as guerras
A unificação do Egito foi um trabalho intenso de pacificação entre os dois lados. Narmer e os Faraós seguintes casaram-se com princesas do Baixo Egito a fim de mostrar união entre os lados. A ideia não era demonstrar superioridade, e sim mostrar que a unificação fortaleceria o Egito. Porém mesmo com todo esse esforço a 1ª dinastia ficou longe de estar totalmente pacificada. O primeiro Faraó da 2ª dinastia, para o qual o nome de Hórus é Hetepsekhemui e significa “os dois poderes estão em paz”, reafirmou o momento tumultuado que o fim da 1ª dinastia sofreu e mostrou a sua vontade de acalmar os ânimos da população.
Mesmo com o esforço de alguns para tentar soluções pacíficas, outros fizeram frente às regiões. Peribsen, Faraó da 2ª dinastia, na tentativa de acabar com a rivalidade entre o Alto e o Baixo Egito ou almejando mostrar o poder do Alto Egito (há muitas divergências sobre a real finalidade), escolheu o Deus Seth ao invés de Hórus e nas representações de seu nome usava o animal associado a Seth (deus do Alto Egito), abolindo totalmente o até então principal deus, Hórus. Vale ressaltar que Hórus, mesmo sendo o deus do Baixo Egito, foi escolhido por Narmer como divindade, muito provavelmente a fim de mostrar que realmente a unificação seria uma união entre os lados.
O Faraó Khasekhemui foi o sucessor de Peribsen e pouco se sabe sobre a sua vida, mas foi o único faraó da história a ter os dois deuses, Hórus e Seth, em seu Serekh, sendo essa mais uma tentativa de mostrar ao povo a ideia de unificação. Depois da morte de Khasekhemui, o Deus Seth foi retirado de seus Serekhs, passando Hórus a ser novamente a divindade principal. Seth, de modo geral, começava a ser visto como um deus maligno, sendo associado às inúmeras mortes necessárias para a unificação. Durando um longo período, a união entre o Baixo e o Alto Egito passou por uma instabilidade política na 7ª dinastia, quando diversos reis assumiram o poder em um espaço curto de tempo.
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