O texto abaixo servirá de apoio para que você realize a questão discursiva. [...] O uso da gíria pela juventude e pelos meios de comunicação sempre gerou polêmica. Serra e Gurgel diz que 90% dos jovens adotam a gíria e desprezam a estruturação de sujeito, verbo e complemento. “Suas frases são vagas, carregadas de som que nada significam”. O gramático Celso Luft afirma que a gíria é própria da juventude e da linguagem coloquial, informal. Descontraída, debochada ou crítica, a gíria tem contribuído para dar um colorido próprio à linguagem. Sem ela, sem o recurso do regionalismo e das variantes linguísticas, acredita Luft, a linguagem corre o risco de empobrecer pela padronização, ficando sem vida. “Por trás do preconceito contra a gíria há sempre um conflito entre conservadores e juventude, grupo social contra grupo social. Se a linguagem da juventude se restringir só à gíria, então haverá perigo”. (BRAGANÇA, Maria Alice. Revista ZH) Acadêmico O texto “Gíria: o lado jovem e transitório da linguagem” é um texto de opinião, em que são evidenciadas opiniões favoráveis e desfavoráveis à utilização da gíria. Por um lado, têm-se os argumentos de João Bosco Serra e Gurgel – autor da obra “Dicionário de gíria: modismo linguístico e equipamento falado do brasileiro”, afirmando que a linguagem dos jovens, pelo uso de gírias, está se tornando vaga e carregada de sons sem significado. Em oposição a ele, o linguista Celso Luft, defende as variantes linguísticas e a gíria, afirmando que elas “dão colorido à linguagem”. E você, qual seu posicionamento a respeito das gírias e das variantes linguísticas? Produza um texto reflexivo entre 15 e 20 linhas a respeito da “reinvenção da língua portuguesa” e apresente argumentos que sustentem sua opinião.
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Olá,
A respeito do texto “Gíria: o lado jovem e transitório da linguagem” podemos afirmar que a gíria é um fenômeno que se desenvolve ao longo do tempo e que, além disso, toda língua sofre flutuações ao longo da história, tal como a palavra "você", que era uma utilização informal do "vós micê".
Ou seja, a língua se altera em função do falante, e não o contrário. Nesse sentido, a gíria é algo compreensível e aceitável, mas é preciso deixar claro que o uso das gírias em excesso e fora do seu contexto informal sim, pode representar um empobrecimento da língua, visto que alguém que não aprende o funcionamento da língua portuguesa será incapaz de se expressar de forma eficiente em vários cenários diferentes.
Abraços!
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