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Caracterizada por uma oposição entre o projeto formal inovador e a proposta
de resgatar elementos da cultura tradicional, a primeira geração de modernistas
desenvolve uma arte experimental, de acordo com o projeto fixado por Mário de Andrade
na Semana de Arte Moderna de 22. A produção destes iniciadores da arte moderna no
Brasil concilia uma linguagem importada das vanguardas modernistas européias, com
um conteúdo nativista que resgata as raízes culturais brasileiras.
Nos anos 20, estes modernistas conviveram de perto com a arte
européia. Paris, como centro de produção artística, definiu os novos rumos da arte
brasileira, influenciando toda essa geração de artistas. Antes mesmo de 22, Victor
Brecheret e Vicente do Rego Monteiro vão para a capital francesa
para se aprofundarem
na pintura moderna. Logo depois da Semana de Arte Moderna é a vez de Tarsila
do Amaral ir a Paris. Outros artistas passam a seguir o mesmo rumo e unirem-se a eles, buscando
concretizar o projeto
modernista. É o que acontece
com Di Cavalcanti e Anita Malfatti,
em 23, e com Antonio Gomide, em 24. Ismael Nery, que estivera na Europa no começo dos anos 20, volta a capital francesa,
em 27, buscando um estilo vanguardista.
Junto com o
pernambucano Cícero Dias,
que revela seu talento precoce quando vai ao Rio de Janeiro, em 1927,
estes artistas vão se consolidar como os grandes iniciadores da arte moderna
brasileira.
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