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O filósofo grego Aristóteles acreditava que um corpo só permanecia em movimento se actuasse sobre este alguma força, ou seja, se a força parasse, o corpo também parava, mas esta ideia só foi aceite até ao Renascimento.
Nesta altura Galileu mostrou que tal teoria estava errada fazendo experiências com mais rigor e precisão. Galileu percebeu que ao empurrar um corpo existia a actuação de uma força contrária ao movimento designada por força de atrito. Assim, ele percebeu que mesmo se uma força que actuasse sobre o corpo, cessasse, se não houvesse força de atrito, este continuaria em movimento rectilíneo uniforme, ao contrário do que Aristóteles tinha afirmado. Com os seus estudos Galileu chegou à conclusão da existência da propriedade física da matéria, a inércia.
Segundo esta propriedade, um corpo se estiver em repouso tem tendência a ficar em repouso e se estiver em movimento tende a permanecer em movimento.
Anos mais tarde, Newton não só concordou com as conclusões de Galileu como também as desenvolveu e formulou as suas três leis utilizando as conclusões nestas. Precisamente na sua primeira lei, designada também por Lei da inércia ele diz exactamente o mesmo do que Galileu, na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso e um corpo em movimento continua em movimento rectilíneo uniforme.
Assim, tanto Galileu como Newton ao concordarem com as mesmas ideias concluíram também que Aristóteles não tinha considerado a força de atrito apesar desta existir provando assim que ele estava errado.