Respostas
Dentre as inúmeras questões que são colocadas pela ênfase que adquiriram no século
XX as comunicações mediatizadas, um conjunto especial diz respeito às interações entre o
Campo Comunicacional e o Campo Educacional.
Conhecemos as discussões em torno das tecnologias educacionais, da educação à
distância, as incidências (freqüentemente assinaladas como negativas) da permeação nos
meios de massa sobre as capacidades, conhecimentos e motivação dos estudantes, os cotejos
e conflitos entre uma cultura da imagem e a cultura letrada, as dúvidas e acusações sobre as
interferências do entretenimento mediatizado, enquanto diversão, sobre a capacidade crítica
das pessoas; ao inverso, as esperanças de uma formação mais abrangente e completa para as
pessoas através da imagem e do acesso instantâneo ao mundo, via TV, a excitação
deslumbrada diante da “interatividade” homem/máquina e das trocas múltiplas e longínquas
via Internet.
Estas e outras razões de pessimismo ou de otimismo são recorrentes – e são
relacionáveis aos mais diversos campos de ação e de conhecimento humano tanto quanto ao
campo educacional.
No que se refere porém mais especificamente a este último, merecem uma ênfase
especial. Pois a Educação tem sido, desde os inícios do Iluminismo, um dos principais
espaços em que a Sociedade, tomada em mãos pelo próprio ser humano, procura se gestar, se
direcionar, construir e objetivar seus processos. Se a Educação não estabelece diretamente as
metas da Sociedade (o que é função, antes, do campo político) pelo menos busca incorporálas
no médio e longo prazo através da formação e viabilizá-las através dos procedimentos de
qualificação e fornecimento de competências. Com todos os equívocos, lacunas,
insatisfações, crises, deformações e maus usos, a Educação tem sido o principal processo
social de inserção do ser humano na sociedade. Através da Escola, a Educação é o processo
institucionalizado especificadamente com este objetivo de nos formar para a Sociedade e de