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A cidade de Roma, fundada pelos povos latinos na região do Lácio, na Península Itálica, durante quase todo o século VII a.C., esteve subjugada à monarquia estrusca. Os etruscos, povos que também se estabeleceram na região da atual Itália, começaram a exercer o seu poder sobre a região do Lácio por volta de 616 a.C. com Tarquínio Prisco. Entretanto, no ano de 509 a.C., os patrícios – cidadãos romanos herdeiros dos antigos clãs fundadores da cidade – instituíram a República por meio de um Golpe de Estado. A República, que significa “coisa pública”, passou a funcionar com base em uma sofisticada rede de instituições.
As instituições da República Romana eram essencialmente comandadas pelos patrícios. Durante boa parte do período em que durou a república, à plebe era relegado o espaço do tribunato, a Tribuna da Plebe, composta por membros eleitos anualmente e que tinha o poder de vetar as decisões relativas aos interesses dos plebeus. À parte disso, as demais instituições eram ocupadas pelos patrícios e possuíam um funcionamento interconectado e teoricamente harmônico.
Nesse contexto, havia os senadores, os magistrados e os comícios. Os comícios encarregavam-se da eleição dos magistrados e da votação das leis. Os magistrados, por sua vez, tinham por funções: a convocação dos comícios, a presidência do Senado e a elaboração de propostas de novas leis. Por fim, ao Senado era atribuída a função de propor conselhos aos magistrados e aprovar as decisões tomadas no âmbito dos comícios.
A principal e mais poderosa instituição da República Romana era o Senado. A expressão senado, que até hoje perdura no interior das instituições democráticas contemporâneas, vem do latim senex,, que significa “senhor”, “velho”. Os membros que compunham o senado eram os homens mais velhos das famílias tradicionais de Roma. Ao todo, somavam-se 300 senadores. No senado estava concentrada grande parte do poder da Antiga República Romana.
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