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Eleonor é uma garota de uns 16 anos, considerada esquisita, que mora com a mãe, o padrasto e seus vários irmãos. Já, Park, um garoto de origem coreana, tem uma família simples e bastante acolhedora.
Esses dois adolescentes pegam o ônibus juntos, todos os dias, para ir a escola. Nunca se falam. Até que um certo dia, The Smiths e super-heróis vieram à tona e os dois perceberam ter algo em comum: música e quadrinhos. Park empresta quadrinhos para Eleonor, apresenta bandas a ela e essa troca de informação os leva a uma amizade. Assim, Eleonor deixa de ser esquisita aos olhos de Park (mesmo que para os outros ela continue sendo). E Park se torna interessante para Eleonor.
A partir desses pequenos detalhes, os dois acabam gostando um do outro. Porém, Eleonor tem um padrasto violento, que não a deixa fazer nada, um pai desinteressado e uma mãe submissa ao atual marido. Esses poréns atrapalham o andamento do relacionamento de Park e Eleonor, mas também o fortalece (confesso que eu odiei a mãe da Eleonor, porque eu não soube compreendê-la).
O livro é basicamente sobre o desabrochar dos sentimentos, mas não há só aquele mimi. Eleanor tem os pés no chão, não sonha com príncipes encantados e sabe suas limitações. Park é um garoto determinado, inteligente e pareceu bastante crível para mim.
O livro não é cheio de eventos, é até um pouco parado, nada de muito sensacional acontece. Ao mesmo tempo é tão bonitinho, doce e inocente. Tem várias referências de pop culture também. Ah, e eu gostei bastante de não vermos instalove nesse livro e sim um amor construído aos pouquinhos, por dois adolescentes inexperientes. A leitura flui tranquilamente, o nível de inglês é bem acessível.