Leio o texto a seguir:
Empirismo marca dia-a-dia de profissionais no jornalismo esportivo.
As análises sobre o dia-a-dia da modalidade, das equipes e dos atletas fazem parte do cotidiano de qualquer torcedor ou aficionado por esportes. E também são a base do trabalho de qualquer jornalista esportivo. Mas o que diferencia o conteúdo das visões de apaixonados e profissionais? Muitas vezes, apenas a experiência.
Apesar de falarem sobre tática, rendimento físico e desempenho técnico, muitos jornalistas apostam apenas no conhecimento empírico. Não existe um curso de formação esportiva para profissionais de imprensa que transmita uma base voltada à prática (dados de treinamento, jogadas ensaiadas, processo de montagem de times, etc.).
“Nosso curso apenas dá uma visão geral, com técnicas de postura de voz, redação e algumas abordagens sobre outros assuntos. Sem dúvida, o empirismo é um problema presente em diversas áreas do jornalismo”, aponta Paulo Rezende, coordenador de cursos e eventos do Senac, que oferece um módulo jornalismo esportivo com carga de 56 horas.
O conhecimento utilizado pelos jornalistas para analisar o futebol é oriundo de observação. Em alguns casos, sobretudo quando os personagens em questão são ex-atletas, há a adição de conhecimento empírico aos dados captados por acompanhamento. O mais difícil, porém, é que essas informações sejam enriquecidas com conceitos de treinamento ou de áreas complementares no trabalho do esporte.
“Acho curioso o grupo de profissionais questionar o trabalho de um treinador ou de um médico sem nenhuma base científica ou em alguns casos sem sequer pensar na intenção daqueles profissionais com determinado trabalho”, pondera Rezende.
A falta de preparo de muitos jornalistas fica evidente na abordagem de questões menos presentes no dia-a-dia do jogo. Falar sobre o que acontece em campo faz parte da rotina de qualquer aficionado pelo esporte, mas entender meandros de formações táticas ou trabalhos físicos é um desafio maior.
É comum, por exemplo, o preparo físico de determinada equipe ser questionado quando há uma queda de rendimento no segundo tempo. O que poucas pessoas consideram é que, assim como qualquer problema no futebol, não se trata de algo com causa e explicação isolada. Um time pode parecer correr mais se estiver mais bem disposto em campo ou se adotar uma formação que limite as ações do adversário, por exemplo.
O problema ligado ao empirismo está diretamente ligado à gênese do jornalismo esportivo. As coberturas de eventos surgiram com o formato de crônicas, com impressões pessoais e individualizadas sobre o jogo. A narração romântica predominou durante grande parte do século XX e foi gradativamente perdendo espaço para um conteúdo de perfil mais informativo.
Essa mudança criou uma necessidade diferente para os profissionais da área. Em vez de relatar o ambiente ou de contar histórias sobre os jogos, os jornalistas precisaram adquirir conhecimento para fazer análises mais profundas. Nesse momento, esbarraram na formação com pouca ligação ao conteúdo técnico.
* Colaboraram Bruno Camarão e Rubem Dario
Disponível em: https://universidadedofutebol.com.br/empirismo-marca-dia-a-dia-de-profissionais-no-jornalismo-esportivo/ acesso dia 24/10/2018
Responda:
a) O empirismo pode ser visto como uma forma de conhecimento? Justifique.
b) Em que sentido o texto motivador pode ser associado a teoria desenvolvida na 5ª Unidade. Em que eles aproximam e em que se distanciam?
Respostas
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Bom dia !
a) Sim, o empirismo é a primeira forma de conhecimento que o ser humano tem contato, através de suas experiências com sua família e comunidade ele aprende não só como viver, mas também assimila seus valores morais e éticos.
b) Nesta questão faltam informações. Mas é possível falar porque o empirismo se torna prejudicial para o profissional do jornalismo. Além do conhecimento empírico, o homem precisa, para conhecer e entender a realidade como de fato ela é, fugindo do senso comum, ter outras formas de conhecimento, de modo a desenvolver um pensamento crítico sobre as questões que o rodeiam.
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