• Matéria: História
  • Autor: ianpulceiras
  • Perguntado 7 anos atrás

o que foram as oligarquias formadas durante o ciclo do café?

Respostas

respondido por: karolainegomes0105
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República Oligárquica

Depois de 1894, os militares deixaram o centro de poder político no Brasil. Com a burguesia cafeeira no po­der, terminava o período da República da Espada e inicia­va-se a República das Oligarquias. Estas, formadas pelos grandes proprietários rurais de cada Estado, assumiram o controle completo da nação, sob a hegemonia da burgue­sia cafeeira paulista. A classe média e as camadas popula­res sofreriam os efeitos da nova política econômica, pois a valorização artificial do café transferia para o consumidor o ônus causado pelas dificuldades financeiras.

Embora as instituições tivessem se transformado na transição do Império para a República, o poder continua­va nas mãos das oligarquias formadas pelos grandes pro­prietários rurais, mantendo-se o caráter agrário, monocultor, latifundiário e exportador da nossa economia. O País, con­seqüentemente, continuava dependente economicamen­te dos Estados Unidos e das nações européias.

A oligarquia formada pelos proprietários de café paulista já era, antes mesmo da República, a principal for­ça econômica da sociedade brasileira. Representada pelo Partido Republicano Paulista (PRP), os cafeicultores aspi­ravam a controlar o governo e assim organizar a política econômica em torno do café.

As oligarquias estaduais, lideradas pelos fazendei­ros paulistas, conseguiram fazer triunfar suas idéias federalistas, tarefa facilitada pela divisão surgida entre os militares. Após a eleição de Prudente de Morais, essas oligarquias impuseram suas linhas de organização ao go­verno, adotando medidas governamentais que protegiam os interesses agrário-exportadores dos cafeicultores.

A supremacia de São Paulo e Minas Gerais, os dois estados economicamente mais poderosos na política na­cional, ficou conhecida como política do café-com-leite, numa referência aos principais produtos desses estados e à alternância de seus representantes no poder.

Campos Sales, poderoso cafeicultor paulista e segundo presidente civil da República (1898-1902), foi um dos princi­pais idealizadores do sistema de alianças organizado entre governadores de estado e Governo Federal para evitar a opo­sição, que ficou conhecido como política dos governadores.

O sistema consistia, basicamente, em uma troca de favores. O Presidente da República comprometia-se a res­peitar e apoiar as decisões dos governos estaduais e, em troca, os governos estaduais ajudavam a eleger para o Congresso Nacional deputados federais e senadores sim­patizantes do Presidente da República.

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