Nos versos acima transcritos, de Álvaro de Campos – um dos heterônimos de Fernando Pessoa -, pode-se reconhecer um conflito entre o eu poético e a realidade por ele vislumbrada. Tal conflito é marcado por
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Evidentemente, percebe-se uma visão pessimista do eu lírico sobre as pessoas que o cercam, marcada por um raciocínio acentuadamente irônico, por meio do qual o eu poético critica a atitude falsa das pessoas sempre propensas a autoafirmarem-se como virtuosas e vencedoras. Essa visão irônica é complementada com a comparação que faz entre ele mesmo e essas pessoas, já que o poeta reserva para si os defeitos que, hipocritamente, os outros não têm.
Nas demais alternativas, não se podem aceitar as expressões “valorização invejosa” (A), “reconhecimento positivo” (B) ou reconhecidas virtudes alheias” (D). Quanto ao tom confessional (C), embora esteja presente, não há por que atribuí-lo a um desejo de livrar-se do “desprezo dos convencidos”
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