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O pensamento histórico é fundamental para a compreensão da realidade em que estamos inseridos, de como ela é determinante sobre nós, mas também de como temos uma participação importante em sua construção. Identificar no passado as raízes do presente é uma parte muito pequena — e nem sempre a mais importante — desse processo. Mas também não significa que podemos desprezar o conhecimento sobre os eventos históricos, mas, sim, associar essa informação a um conjunto de processos intelectuais que vão muito além da memória.
O pensamento histórico começa pela observação, a capacidade de identificar as informações mais relevantes em relação ao que se pretende compreender. É preciso ser capaz de descrever os fatos de maneira organizada, compará-los e relacioná-los entre si. Por fato, neste caso, entendemos tanto o acontecimento histórico quanto as estruturas de pensamento a ele associadas. O passo seguinte é a análise dos fatos. É preciso contextualizá-los, ou seja, entendê-los dentro do cenário em que se inseriam originalmente, e relativizá-los, reconhecer que eles podem e devem ser interpretados de maneiras diferentes, dependendo da perspectiva.