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O contexto histórico é o da revolução francesa e da crescente industrialização da sociedade, fator que trouxe à tona novos problemas e novas formas observáveis de processos de mudanças profundas na vida da sociedade tradicional da época. Comte buscava a criação de uma ciência da sociedade capaz de explicar e compreender todos esses fenômenos, e que pudesse contribuir para modificar a “desorganização social” da época.
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A filosofia de Auguste Comte tem como ideia principal a reorganização da sociedade por meio de uma reforma intelectual do homem. Acreditava que era necessário que os homens tivessem novos hábitos de pensar que estivessem de acordo com a razão e a ciência, substituindo o pensamento feudal baseado na religião e no sobrenatural.
O pensador sofreu influência de Condorcet, principalmente por meio de seu estudo intitulado “Quadro Histórico dos progressos do Espírito Humano”, na qual o autor faz um esboço do desenvolvimento da humanidade por meio dos descobrimentos e invenções da tecnologia, que levaria o homem a caminhar para uma era de organização social e política, produto da razão.
Outro pensador da época que influenciou Comte foi Saint-Simon, preocupado com a reforma das instituições do feudalismo.Veja nesta imagem acima uma representação sobre a dúvida do Homem, entre pensar o mundo a partir da estrutura dogmática das Religiões, ou fazer a leitura do mundo através das ferramentas da Ciência, da Observação, da Experimentação, e da Verificação.
Auguste Comte acreditava que a filosofia da história obedecia ao que o autor chamou de lei dos três estados. Esta lei corresponderia ao desenvolvimento da ciência e do espírito humano, os quais passaram por três fases (teológica, metafísica e a positiva) até chegar ao estado mais evoluído (positivo). Na fase teológica o homem só consegue explicar a natureza por meio de crenças sobrenaturais, de deuses e espíritos, fato que explicaria todos os fenômenos.
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Este tipo de pensamento desempenhou um papel de coesão social, já que os homens confiando em poderes imutáveis e sobrenaturais, confiavam também, sem contestar, no sistema político monarquista aliado ao militarismo. No estado metafísico, um pouco mais evoluído, o homem acredita que diferentes “forças” (física, química, vital) explicaria os fenômenos naturais, em substituição das divindades, destruindo a ideia teológica de subordinação da natureza ao sobrenatural.
No plano político corresponderia a substituição dos reis por juristas, e o Estado baseado na soberania do povo. O último estado, em que o homem alcança sua excelência, é o positivo, caracterizado pela subordinação da imaginação (teológico) e da argumentação (metafísico) à observação dos fenômenos.