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Biografia de Augusto dos Anjos. Augusto dos Anjos (1884-1914) foi um poeta brasileiro, considerado um dos poetas mais críticos de sua época. Foi identificado como o mais importante poeta do pré-modernismo, embora revele em sua poesia, raízes do simbolismo, retratando o gosto pela morte, a angústia e o uso de metáforas.
Uma breve biografia de Augusto dos Anjos é que foi um importante poeta simbolista brasileiro, nascido na Paraíba em 1884 e morto prematuramente em 1914, afetado pela Tuberculose, o "mal do século". Apesar da vida brevíssima, é um dos mais influentes poetas brasileiros da escola simbolista, autor de uma série de poemas intimistas que mesclavam elementos do naturalismo mais materialista com o preciosismo mais romântico.
Educação:
Por formação, cursou a Faculdade de Direito do Recife, se tornando bacharel em Direito em 1907. Foi educado, em termos poéticos, pela leitura de clássicos simbolistas europeus, como Herbert Spencer, Ernst Haeckel e o próprio Baudelaire, além de ter recebido uma educação tradicional cristã que é muito presente em suas obras.
Época:
Viveu durante a Primeira República Brasileira, tendo acompanhado tanto a República da Espada quanto o início da República Oligárquica, um período turbulento da história nacional, em que as revoltas populares eram um traço constante - podemos citar, entre elas, a Revolução Federalista e o Arraial de Canudos, ambos violentamente suprimidos pelo Governo Federal.
Poesia:
São exemplos de poemas famosos de Augusto dos Anjos "Versos Íntimos", o mais conhecido de seus poemas, e A Esperança, que seguem:
Versos Íntimos:
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te a lama que te espera!
O Homem que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera
Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga.
Escarra nessa boca de que beija!
A Esperança:
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro – avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da morte a me bradar: descansa!
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