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Em Londres, Domingos entrou para a maçonaria e fez grandes amizades nos círculos liberais britânicos, adotando muitos dos valores da filosofia liberal e do iluminismo.
Ao voltar para o Brasil em 1813, Domingos fixou residência em Pernambuco, onde pretendia abrir uma filial de sua empresa e onde se apaixonou por Maria Teodora da Costa.
A Recife do início do século XIX era uma das cidades mais populosas do Brasil, sua elite intelectualmente era a mais preparada do Brasil, formada pelo Seminário de Olinda, além disso, sua população era orgulhosa, não abaixava a cabeça para os estrangeiros desde os tempos da invasão holandesa. A população mais carente odiava os portugueses pelos altos impostos, o recrutamento forçado e o alto custo dos alimentos. Naquela Recife, Domingos viu uma população que ansiava pelas ideias libertárias.
Domingos aos poucos se tornou uma liderança local, ele fundou a loja maçônica “Pernambuco do Ocidente” e, como comerciante, ajudava quem pedia, promovia muitas festas no sobrado que alugara no Recife. Em paralelo, Domingos e seus companheiros planejavam a revolução.
Em 06/03/1817 a revolução foi realizada, os pernambucanos proclamaram uma república e Domingos José Martins fora nomeado um dos cinco governadores provisórios. A república pernambucana nasceu com forte sentimento nacionalista, mas durou pouco mais de dois meses. Em Junho de 1817, a república de Pernambuco fora derrotada e em 12 de Junho do mesmo ano Domingos Martins fora fuzilado no Campo da Pólvora. As últimas palavras de Domingos Martins foram “morro pela liber…”, interrompidas por seus fuziladores, que negaram-lhe a própria liberdade de se expressar.
Por seus feitos, Domingos é lembrado como homem dono de grande capacidade de resolução, ambicioso, educado, observador e inteligente. Sua visão de Pernambuco era a de um capítulo glorioso do iluminismo e do libertarianismo na América Latina.
Hoje Domingos José Martins é o Patrono da Polícia Civil do Espírito Santo (O coral da Polícia Civil leva seu nome), do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e é lembrado como um dos precursores da Independência do Brasil. Vitória possui uma loja maçônica que carrega seu nome e, em 1921, o município de Santa Isabel foi renomeado para “Domingos Martins” para homenageá-lo.
Os valores defendidos por Domingos José Martins em vida são uma inspiração para o Grupo Domingos Martins que, não apenas o homenageia como célebre herói capixaba, mas também herda a missão de levar a diante seus valores e sua luta para esta e para as próximas gerações de capixabas.
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Domingos José Martins nasceu no sítio Caxangá, local hoje é parte do município de Marataízes, Espírito Santo. Filho de Joaquim José Martins e D. Joana Luíza de Santa Clara Martins, Domingos iniciou seus estudos em Vitória, posteriormente se formando em Portugal.
A vida profissional de Domingos começa em Londres, pra onde viajou após se formar, como empregado na firma portuguesa Dourado Dias & Carvalho, chegando a condição de sócio desta firma. Ainda em Londres, Domingos entrou para a maçonaria e fez grandes amizades nos círculos liberais britânicos, adotando muitos dos valores da filosofia liberal e do iluminismo.
Ao voltar para o Brasil em 1813, Domingos fixou residência em Pernambuco, onde pretendia abrir uma filial de sua empresa e onde se apaixonou por Maria Teodora da Costa.
Domingos aos poucos se tornou uma liderança local, ele fundou a loja maçônica “Pernambuco do Ocidente” e, como comerciante, ajudava quem pedia, promovia muitas festas no sobrado que alugara no Recife. Em paralelo, Domingos e seus companheiros planejavam a revolução.