Alguém me explica isso:
Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina pra mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... havia orgulho e pudor em mim.
Respostas
(Bom, você retirou do contexto e colocou aqui apenas um trecho sem citar o cotexto. Isso dificulta, mas ainda dá pra entender algo.)
1- "Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era felicidade."
A) Felicidade é uma coisa que a pessoa sente, vive, experiencia "dentro" de si mesmo. Quando se diz que a felicidade é uma coisa clandestina, significa que a pessoa não está familiarizada com a felicidade; que a pessoa não vive essa emoção chamada felicidade.
B) "Falsas dificuldades": significa que não são dificuldades verdadeiras, são falsas. Essa frase em negrito acima se refere a uma pessoa que cria dificuldades onde não existem dificuldades, que cria problemas onde não existem problemas. E isso faz com que jamais ela possa experienciar a felicidade... justamente porque está sempre INVENTANDO problemas, o que resulta ser a fonte de infelicidade, desgraça, frustração, agonia, aflição etc.
Tudo isso explica a próxima frase:
2- "A felicidade sempre iria ser clandestina pra mim."
Clandestino é aquele que viaja sem passagens ou sem documentos legais. Em outras palavras, clandestino é aquele que não pode entrar, que é proibido de entrar ou ficar.
Se a felicidade é clandestina para essa personagem, isso significa que a felicidade não pode "entrar" nela, nem ficar.
E por que não pode entrar nem ficar? Oras, porque a personagem não permite a entrada da felicidade, já que fica criando problemas e dificuldades à toa.
3- Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... havia orgulho e pudor em mim.
Para entender melhor do que se tratam essas últimas três frases, seria necessário conhecer mais o contexto de onde foi retirado esse texto. Dependendo do contexto o significado pode mudar bastante.