• Matéria: Português
  • Autor: Anavivivivi
  • Perguntado 7 anos atrás

Qual a importância de Milton Nascimento para a cultura brasileira?​

Respostas

respondido por: antoniofrancisco179
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Milton do Nascimento (Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1942), apelidado "Bituca", é um cantor e compositor brasileiro reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da Música Popular Brasileira.[1] Mineiro de coração, tornou-se conhecido nacionalmente, quando a canção "Travessia", composta por ele e Fernando Brant, ocupou a segunda posição no Festival Internacional da Canção, de 1967. Tem como parceiros e músicos que regravaram suas canções, nomes como: Wayne Shorter, Pat Metheny, Björk, Peter Gabriel, Sarah Vaughan, Chico Buarque, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Fafá de Belém, Simone e Elis Regina. Já recebeu 5 prêmios Grammy. Em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album in 1997. Milton já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África.

Até agora, Milton Nascimento já gravou 34 álbuns. Cantou com dúzias de outros artistas, incluindo Maria Bethânia, Elis Regina, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso, Simone, Chico Buarque, Clementina de Jesus, Gilberto Gil, Lô Borges, Beto Guedes, Paul Simon, Criolo, Angra, Peter Gabriel, Duran Duran (com quem co-escreveu e gravou a faixa "Breath After Breath", de 1993),[2] Herbie Hancock, Quincy Jones.

Índice

1 Biografia

2 Trajetória profissional

2.1 Clube da Esquina

2.2 Diversificação

3 Elis Regina

4 Em Portugal

5 Discografia

6 Homenagens

7 Ver também

8 Referências

9 Referências bibliográficas

10 Ligações externas

Biografia

Milton nasceu em uma comunidade da Tijuca, no Rio de Janeiro. Filho da empregada doméstica Maria do Carmo do Nascimento, que fora abandonada grávida por seu primeiro namorado. Após os patrões descobrirem a gestação, demitiram-na. Maria do Carmo registrou o filho como mãe solteira. Mesmo muito pobre, tentou criar Milton, com ajuda de sua mãe, uma pobre viúva, também empregada doméstica, mas, ainda muito jovem, entrou em depressão e morreu de tuberculose antes de Milton completar dois anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó.

Uma das duas filhas do casal para o qual sua avó trabalhava, a professora de música Lília Silva Campos, era recém-casada e não estava conseguindo engravidar. Imediatamente, Lília apegou-se a Milton e propôs adotá-lo. A avó concordou, desde que o trouxessem para ela vê-lo algumas vezes e não tirassem o nome da sua mãe do registro. O casal concordou e Milton foi então adotado por Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio. A família mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais. Por alguns anos ele foi filho único. Mesmo fazendo tratamento, Lília não engravidava. O casal, então, passou a visitar orfanatos e adotou um menino e, poucos anos depois, uma menina. O casal só teve uma filha biológica, alguns anos depois. Milton sempre soube ser adotado, assim como seus irmãos.

Foi apelidado de "Bituca" ainda criança, por fazer um bico quando estava contrariado, numa referência aos índios botocudos. Milton começou a gostar de música por influência da mãe, que havia estudado com Villa Lobos. Aos quatro anos, ganhou uma sanfona de dois baixos, e desde cedo explorou sua voz. Aos 13 anos, era crooner do conjunto Continental de Duilio Tiso Cougo, grupo musical de baile de Três Pontas.[3]

Milton casou-se no cartório e na igreja dos Capuchinhos na Tijuca, zona norte do Rio, em 1968, com uma estudante chamada Lurdeca. O casal foi viver em Copacabana, porém o matrimônio durou um mês. Após dois meses separados, veio a anulação do casamento, voltando ao estado civil de solteiro. Teve depois diversas namoradas, uma delas, chamada Kárita, uma socialite paulistana muito rica, que foi sua namorada por anos.

Milton adotou Augusto Kesrouani Nascimento, que é seu único filho.

Morou em diversas cidades do país na casa de amigos compositores, em busca de uma chance. Fez muitas amizades com pessoas que hoje são famosas e que começaram junto com ele, cantando em bares e vivendo de gorjetas. Antes de se aventurar na música, Milton era escriturário em um escritório de Belo Horizonte, e foi convencido pelos amigos de infância a largar tudo por seu sonho de cantar. Junto deles, escrevera diversas letras e viajou pelo Brasil, de carona pelas estradas (até em bicicleta) e se apresentando em festivais. Por alguns anos teve problemas com o vício em bebida alcoólica, mas conseguiu se curar em pouco tempo.

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