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POUCAS VEZES o futuro pareceu tão incerto. Portanto, refletir sobre a promoção da estabilidade das relações internacionais tornou-se particularmente relevante. Há bem pouco tempo, para a recorrente menção à "crise do multilateralismo", associada à falta de eficiência, rapidez e racionalidade das organizações internacionais, colocaram-se como alternativa as virtudes que a ação unilateral de uma grande potência poderia prover. Irônica e tristemente, nos últimos meses a palavra crise passou a ser usada para se referir mais à gravidade do cenário econômico e político mundial do que aos problemas dos fóruns multilaterais, cuja atuação está sendo questionada, mas não considerada negligenciável. Pelo contrário, os mecanismos de governança que as organizações internacionais podem prover têm sido notoriamente objeto de atenção e debate. Fala-se em uma profunda reforma no Fundo Monetário Internacional (FMI) para que possa monitorar e gerenciar adequadamente o sistema financeiro mundial. Tem-se, igualmente, chamado a atenção para a função da Organização Mundial do Comércio (OMC) de evitar o aumento do protecionismo comercial que tende a se tornar mais forte em momentos de crise econômica.