A reconstituição dos poderes monárquicos, a partir do século XI, foi baseada, principalmente, na centralização dos poderes nas mãos dos reis e esteve na base da formação das Monarquias Nacionais. Como explicar esse processo?
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Nesse processo de centralização do poder sempre estiveram envolvidos a realeza, a burguesia e os nobres feudais, todos movidos por interesses próprios, que podiam tanto ser convergentes, quanto opostos.
Os burgueses não eram a favor da descentralização política do feudalismo, pois isso os submetia a impostos cobrados pelos senhores e dificultava a atividade comercial pela ausência de moeda comum e de pesos e medidas padronizados. Portanto, isso aliou os burgueses dos reis, interessados em concentrar o poder em suas mãos, assim, a burguesia contribuía com o dinheiro e o rei, com medidas políticas que favoreciam o comércio.
A nobreza feudal estava enfraquecida pelos gastos com as Cruzadas e precisava de um apoio forte para se defender das revoltas camponesas.
Apoio, o qual, viria dos reis, mesmo se sentindo prejudicada com a política da realeza em favor da burguesia, que colocava fim a vários dos privilégios feudais. Por fim, o rei serviu como uma espécie de mediador entre os interesses dos dois grupos e ao final de um longo período, esse processo acabou possibilitando a formação de um poder centralizado e a consolidação de uma unidade territorial. Assim, a monarquia foi forma de governo sob a qual se organizou a Europa entre o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.
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