• Matéria: História
  • Autor: petitbaleze
  • Perguntado 7 anos atrás

Neste desafio propomos que seja Construido um pequeno texto que de conta de algum conflito cultural contemporâneo dentro da questão de gênero. Para a realização desta atividade sugerimos discutir problemas de choque civilizacional. Evidenciar as relações culturais que sao impostas . Propor uma possível saída para a questão.

Respostas

respondido por: viniciusrm19
63

Em se tratando de um problema de identidade de gênero, observa-se a disparidade da liberdade de expressão entre mulheres que se encontram em países cuja religião é o Islã, e países ocidentais que apresentam maior flexibilidade para a utilização de vestimentas pelas mulheres.

Dessa forma, observa-se uma questão cultural marcante, visto que as mulheres islâmicas são obrigadas a não mostrarem qualquer parte do corpo, se alinhando com o preconceito e o patriarcado, que deve ser combatido, principalmente quando ocorre a presença da ausência de liberdade de expressão.

respondido por: jardelfranca
35

Resposta:

O problema do encontro, fundado na diferença não se irá se extinguir enquanto houver humanidade. Constitui-se da e na diferença o que chamamos de homem e mulher. Assim, uma questão interessante para se discutir essa distinta relação com a diferença é exatamente o tratamento que determinados povos dão às mulheres. Enquanto em países que possuem uma religião oficial, o tratamento das mulheres é dado de maneira difícil para o entendimento no mundo ocidental, por outro lado, aqueles que condenam esses comportamentos, do lado de cá, pensam que há problemas com a maneira como as mulheres se portam em países ditos laicos. É um problema civilizacional, cultural e que atravessa a hermenêutica geral desses povos. Há então um choque!

O universalismo proporia que as mulheres fossem tratadas como os ocidentais pensam ser o correto. O relativismo forte diria que cada cultura que cuide, à sua maneira, das mulheres. De outra monta, podemos convocar o multiculturalismo que supõe um encontro igualitário das diferenças e que, por isso mesmo, talvez possa nos indicar um rumo um tanto menos distante do razoável.

Assim, talvez o uso da mulher como se fosse um utensílio da sociedade não fosse a melhor saída. Nesse sentido, há que se conceder às mulheres o direito de existirem enquanto humanos, sem distinção de gênero. As culturas, sendo elas incompletas e imperfeitas, necessitam de se ouvirem. Essa alternativa pode conduzir a uma tratativa mais bem realizada em relação às mulheres. É certo que parece que os valores ocidentais em face das mulheres seriam mais adequados se a mulher fosse vista como ser humano. No entanto, precisamos ouvir os orientais e suas justificativas. Nelas podemos ler quase sempre maneiras de interpretação de ensinamentos religiosos. Por isso dizemos que seria um problema de hermenêutica, pois uma possível saída talvez esteja em uma interpretação assistida pela hipótese da mudança. Como se fosse uma velha estrada, a ser percorrida por novos passos.

É um confronto entre o velho e o novo, entre o ontem e o hoje que nos assombra com suas novidades. Mas o ser humano é antigo, cheio de manias e defeitos, e que, por isso mesmo, é que não podemos tapar os ouvidos para os próximos olhares que virão. As mulheres têm papel crucial na história da humanidade. Não ouvi-las, calar sua voz, seria o mesmo que borrar parte do que nós somos. A tradição precisa falar com a novidade, sob pena de se tornar um idioma não mais entendido. O multiculturalismo é ouvido. Voz que vem em tom feminino, tão mais suave e necessária em tempos de conflitos tão masculinos.

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