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Segundo os sinóticos, a sexta-feira em que Jesus morreu era o dia da páscoa hebraica, que era celebrada (e ainda hoje o é) no dia 15 do mês de Nisan (corresponde a março e abril), conforme indicado pela Bíblia. Na véspera da festa, os judeus fazem uma janta especial, com regras especiais (seder, isto é “ordem”), como recordação da libertação da escravidão no Egito.
Os três primeiros evangelhos apresentam a última ceia de Jesus como uma janta pascal. De fato, segundo Marcos 14,12-16 e paralelos, Jesus pede aos discípulos que “preparem a Páscoa”. Lucas até mesmo começa a sua narração com as seguintes palavras de Jesus: “desejei ardentemente comer esta páscoa convosco” (22,15).
Se a Última Ceia foi uma janta pascal, a sua morte, no dia seguinte, teria sido no dia da páscoa, 15 de Nisan.
João, porém, diz claramente que aquela sexta-feira era o dia da Parasceve (João 19,14), isto é, dia que antecedia a Páscoa, dia em que os judeus se preparavam para comer a Ceia Pascal.