Respostas
Tales de mileto
Suas reflexões giravam em torno da ‘natureza’ e de seus quatro elementos fundamentais: terra, ar, fogo e água. Ele era um monista, ou seja, acreditava que tudo era constituído por uma substância primordial, neste caso, a água. Assim sendo, toda a vida teria se originado dela, embora seus discípulos divergissem quanto a ser este corpo a natureza essencial que a tudo permeia.
O filósofo envolveu-se em experiências inovadoras com o magnetismo, que na sua época representava apenas uma mera curiosidade em torno de matéria-prima constituída de ferro. Ele foi um dos primeiros estudiosos a rejeitar a visão religiosa dos gregos antigos, que viam nos componentes da Natureza, como o Sol, a Lua, elementos sagrados. Tales é responsável pelo nascimento de uma nova era intelectual, onde o ser humano passou a procurar a entender o mundo além de explicações religiosas, conseguindo consequentemente grande avanço cientifico e tecnológico.
Sócrates
Sócrates parte do pressuposto: “Só sei que nada sei”, que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, ponto de partida para a procura do saber.
Por isso seu método começa pela parte considerada “destrutiva”, chamada ironia (em grego, perguntar). Nas discussões afirma inicialmente nada saber, diante do oponente que se diz conhecedor de determinado assunto. Com hábeis perguntas, desmonta as certezas até o outro reconhecer a própria ignorância.
Parte então para a segunda etapa do método, a maiêutica (em grego, parto, dar à luz). Dá esse nome em homenagem a sua mãe, que era parteira, acrescentando que, se ela fazia parto de corpos, ele “dava à luz” ideias novas. Com suas perguntas, Sócrates deixa embaraçado e perplexo aquele que está seguro de si mesmo, fá-lo ver novos problemas, desperta a sua curiosidade e estimula-o a refletir. Sócrates, por meio de perguntas, destrói o saber construído para reconstruí-lo na procura da definição do conceito, por meio da qual pretendia atingir a essência das coisas. E, no final, nem sempre Sócrates tem a resposta. Por razões de método, seus diálogos levantam uma questão, mas não dão a solução. Servem para pôr o interrogado no caminho da solução para que ele mesmo a encontre.
Platão
Em Platão, a filosofia ganha contornos e objetivos morais, apresentando assim soluções para os dilemas existenciais. Esta práxis, porém, assume no intelecto a forma especulativa, ou seja, para se atingir a meta principal do pensamento filosófico, é preciso obter o aprendizado científico. O âmbito da filosofia para Platão, se amplia, se estende a tudo que existe. Segundo o filósofo, o homem vivencia duas espécies de realidade – a inteligível e a sensível. A primeira se refere à vida concreta, duradoura, não submetida a mudanças. A outra está ligada ao universo das percepções, de tudo que toca os sentidos, um real que sofre mutações e que reproduz neste plano efêmero as realidades permanentes da esfera inteligível. Este conceito é concebido como Teoria das ideais ou Teoria das Formas.