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Resposta:
O suicídio é, segundo Durkheim, “todo o caso de morte que resulta, direta ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vítima, e que ela sabia que deveria produzir esse resultado”. Conforme o sociólogo, cada sociedade está predisposta a fornecer um contingente determinado de mortes voluntárias, e o que interessa à sociologia sobre o suicídio é a análise de todo o processo social, dos fatores sociais que agem não sobre os indivíduos isolados, mas sobre o grupo, sobre o conjunto da sociedade. Cada sociedade possui, a cada momento da sua história, uma atitude definida em relação ao suicídio.
Há três tipos de suicídio, segundo a etimologia de Èmile Durkheim, a saber:
• Suicídio Egoísta: é aquele em que o ego individual se afirma demasiadamente face ao ego social, ou seja, há uma individualização desmesurada. As relações entre os indivíduos e a sociedade se afrouxam fazendo com que o indivíduo não veja mais sentido na vida, não tenha mais razão para viver;
• Suicídio Altruísta: é aquele no qual o indivíduo sente-se no dever de fazê-lo para se desembaraçar de uma vida insuportável. É aquele em que o ego não o pertence, confunde-se com outra coisa que se situa fora de si mesmo, isto é, em um dos grupos a que o indivíduo pertence. Temos como exemplo os kamikazes japoneses, os muçulmanos que colidiram com o World Trade Center em Nova Iorque, em 2001, etc.;
• Suicídio Anômico: é aquele que ocorre em uma situação de anomia social, ou seja, quando há ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com que a normalidade social não seja mantida. Em uma situação de crise econômica, por exemplo, na qual há uma completa desregulação das regras normais da sociedade, certos indivíduos ficam em uma situação inferior a que ocupavam anteriormente. Assim, há uma perda brusca de riquezas e poder, fazendo com que, por isso mesmo, os índices desse tipo de suicídio aumentem. É importante ressaltar que as taxas de suicídio anômico são maiores em países ricos, pois os pobres conseguem lidar melhor com as situações de anomia social.
Desse modo, ficam especificados os tipos de suicídios e suas causas, que são, segundo Durkheim, sempre sociais.
Explicação:
Resposta:
O suicídio pode ser causado por vários fatores, dentre eles um excessivo grau de sofrimento. É definido como a atitude individual de exterminar a própria vida. O sofrimento que o indivíduo apresenta pode ser verdadeiro ou proveniente de algum transtorno afetivo, como em quadros de psicose aguda ou depressão delirante.
Para vários pensadores, como Goethe, Kant, Sartre e Russeau, o suicídio possui definições que se alternam, se complementam, se contradizem, pois o destino do suicídio é ambíguo, uma vez que diante deste o indivíduo quer acabar com a dor, a angústia, o sofrimento que vivencia, e não com a vida em si. Sofrimento este, advindo de conflitos intrapsíquicos que perturbam demasiadamente o indivíduo, onde ele só consegue ver a morte como recurso.
É possível dizer que o suicida inconscientemente vinga de outras pessoas que o rodeia, essencialmente seus familiares, como se atribuísse a esses a culpa de sua morte, com o intuito de revidar alguma agressão proveniente deste ambiente.
Como citado anteriormente, além da depressão, as causas mais comuns do suicídio são o desgosto pela vida, os insucessos amorosos e familiares.
Diante de qualquer manifestação de intenção ou ideação de suicídio, é necessário que as pessoas que estão em volta percebam, pois na maioria das vezes as pessoas que suicidam, anunciam antes. Entre jovens de quinze e dezenove anos, o suicídio é considerado a segunda principal causa de morte. Fatores psiquiátricos, familiares e religiosos, segundo a literatura sobre suicídio na adolescência, são fatores que participam do mesmo.