Respostas
Entre 30 de novembro e 3 de dezembro foi realizada a reunião da Organização Mundial de Comércio (OMC) em Seattle, EUA, que resultou num inesperado fiasco: não houve a tão esperada declaração que orientaria as negociações de mais uma rodada de negociações multilaterais (antecipadamente denominada Rodada do Milênio pela imprensa) sobre o comércio internacional e assuntos conexos, em suma, sobre as regras do jogo da globalização produtiva. A globalização produtiva – cuja principal característica é uma ampla abertura ao comércio externo, aos investimentos internacionais, às idéias e às tecnologias estrangeiras - sempre foi vista pelos entusiastas da globalização como favorável aos países em desenvolvimento, permitindo uma rápida aquisição de novas tecnologias (em especial, pela atração dos investimentos diretos) e possibilitando aos produtores localizados no país (sua nacionalidade perde importância) reduzir custos, desenvolver produtos inovadores (tudo deve ser smart), promover e diversificar exportações e criar novos e melhores empregos
O objetivo dessa reunião em Seattle é lançar a chamada Rodada do Milênio, ou seja, as normas que vão reger as transações comerciais entre os países no próximo século. Segundo os manifestantes, a liberalização excessiva do comércio é uma desculpa para a exploração dos países mais pobres.