Façam um resumo sobre a situação tributária no Brasil, bem como o impacto dos tributos nas operações empresariais.
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SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA DO BRASIL, BEM COMO OS IMPACTOS DOS
TRIBUTOS NAS OPERAÇÕES EMPRESARIAIS.
Crescimento
da carga: O aumento da carga tributária não é
verificado apenas em anos eleitorais. Em 1986, segundo o IBPT, os tributos
federais consumiram 16,7% do PIB ; em 2013, o índice subiu para 25%. Os
impostos estaduais subiram de 0,6% para 1,8%, e os tributos estaduais, de 5,1%
para 9,1% no período. Levando-se em conta toda a cadeia de tributos, o
crescimento foi de 22,4%, em 1986, para 35,9% em 2013.
Comparação: País tem o pior retorno entre os 30 maiores cobradores de
impostos. O Brasil tem
o pior retorno em serviços prestados à sociedade entre os 30 países com as
maiores cargas tributárias. O levantamento do Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação (IBPT) leva em conta o total arrecadado pelo governo
em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), baseado em renda, educação e saúde.
Com um peso de 15% para o arrecadado
pelos governos em relação às riquezas produzidas pelo país e de 85% para o IDH,
o IBPT criou o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (Irbes). O último
levantamento, publicado em março, leva em conta a carga tributária e o IDH de
2012. O Brasil ficou na 30.ª posição, com um Irbes de 135,34. O primeiro lugar
ficou com Estados Unidos (Irbes de 165,78), seguido por Austrália (163,49) e
Coreia do Sul (161,45). O IBPT fez o levantamento pelo quinto ano consecutivo –
nos cinco anos, o Brasil ficou em último lugar.
“Estamos
falando de uma carga tributária em torno de 36% do PIB, é uma carga de primeiro
mundo. Se tivéssemos o retorno devido, não teríamos que pagar pedágio, colocar
cerca elétrica em casa, pagar por saúde e educação”, diz o presidente executivo
do IBTP, João Eloi Olenike. “O problema maior está no retorno, porque não temos
um investimento que melhore a vida da população. O que temos é um procedimento
assistencialista, e não desenvolvimentista.”
A carga
tributária brasileira deverá chegar ao maior nível de sua história em 2015.
Assim que foi anunciado o resultado das eleições de outubro, o governo federal
e os governos estaduais começaram a se articular para aumentar a arrecadação,
seja por meio do aumento de tributos, seja ressuscitando impostos, como a
Contribuição Provisória Sobre Movimentações Financeiras (CPMF).
O nível de tributação sobre os produtos e
serviços no Brasil é absurdo, chegando a inviabilizar vários negócios. A
frase mais adequada desta situação é; "aqui criamos tributos e
na China criam-se empregos..." Daí a necessidade imperiosa de busca por
economia tributária. Portanto, é imprescindível que os gestores
empresariais se debrucem em alternativas para minimizar a carga fiscal sobre
suas operações, visando oferecer preços mais compatíveis (em comparação com os
preços internacionais de produtos similares), sob pena de "entregar de
bandeja" os negócios aos concorrentes mais afortunados - estes,
simplesmente por não estarem produzindo no Brasil, têm vantagem competitiva em
comparação com as empresas tupiniquins. Observe-se, ainda, que a
tributação não alcança somente produtos, serviços e operações, mas também a
renda e salários. Veja no meu estudo "Cálculos de
Encargos Sociais e Trabalhistas", que um salário-hora pode
chegar a ter 96,75% de incidências fiscais, trabalhistas e previdenciários
sobre seu valor nominal. A atividade que gera economia tributária
denomina-se "planejamento fiscal". Importante esclarecer que se o contribuinte pretende diminuir os seus
encargos tributários, poderá fazê-lo legal ou ilegalmente. A maneira legal
chama-se elisão fiscal ou economia legal (planejamento tributário) e a forma
ilegal denomina-se sonegação fiscal. Um exemplo de economia
tributária é a obtenção da redução dos encargos devidos ao governo no
faturamento (receita) empresarial. No Brasil, há 3 sistemas de tributação: Lucro Real, Lucro
Presumido e Simples
Nacional. Caso tenha a possibilidade de optar pelo sistema mais
econômico (Simples Nacional), poder-se a obter significativa economia de
pagamento de tributos sobre o faturamento (ICMS, IPI, PIS e COFINS) e também
sobre o lucro (IRPJ e CSLL).
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