• Matéria: Geografia
  • Autor: soarestata2704
  • Perguntado 7 anos atrás

Há hoje, dentro do imaginário da sociedade brasileira atual, certo estereótipo arbitrário acerca da definição sobre “quem é” e “quem não é” índio*. Esse estereótipo, surgido nos tempos coloniais e reforçado ao longo da história, carrega consigo uma concepção de índio na qual alguns de seus traços culturais foram selecionados pela sociedade nacional como verdadeiros do ser indígena. Tais traços, enrijecidos no imaginário brasileiro, identificam como índio apenas aquele indivíduo que mora em aldeia e que se parece, nas suas representações estéticas, com um índio de tempos passados.

Mas, por incrível que pareça, há também índios que vivem em cidades. De acordo com o Censo 2010 do IBGE, mais de 324 mil indígenas (36% do total) vivem em áreas urbanas no Brasil. Só em São Paulo vivem quase 12 mil – número que faz da capital paulista a primeira do país em número de indígenas. São várias as etnias presentes na cidade: Maxacali, Tubinambá, Xavante, Terena, Kaingang, Krenák, Kuruáya, Pataxó, Fulni-ô, Pankararu, Pankararé, Kariri, Kariri-Xocó, Atikum, Xokléng, entre outras.

A natureza da inserção do índio nas áreas urbanas pode ser entendida por duas razões, entre as quais duas parecem se destacar. A primeira envolve as terras indígenas que acabaram sendo inseridas na região metropolitana devido ao crescimento da cidade. A segunda diz respeito à migração de membros de povos indígenas de outras regiões do país para os grandes centros urbanos em busca de melhores condições de vida. Este fenômeno é bastante verificável em cidades como São Paulo, Manaus, Boa Vista, Belém e Campo Grande.

A realidade, porém, mostra que a vida urbana acarreta em uma série de dificuldades para os indígenas. Isto é o que se constata em quatro aldeias indígenas guarani que estão no perímetro urbano de São Paulo. Duas delas, chamadas Barragem e Krukutu, localizam-se no extremo sul da cidade e possuem população de cerca de 850 guarani. As duas outras aldeias, Tekoa Ytu e Tekoa Pyau, conhecidas como aldeias do Pico de Jaraguá, estão localizadas na zona oeste da cidade, ao lado do Parque Estadual do Jaraguá, e possui população de aproximadamente 600 guarani. A realidade das quatro aldeias guarani na cidade aproxima-se muito da realidade vivida pela população da periferia de um grande centro com todas as suas mazelas (acesso limitado a serviços, como saúde e educação, e condições inadequadas de moradia) acrescido, contudo, de discriminação e do racismo construído historicamente contra essa população.

Desta forma, a presença indígena nas cidades traz um duplo desafio. O primeiro, referente à política indigenista é o de adequar o direito dos povos indígenas de forma a contemplar essa realidade em meio urbano. O segundo, referente à política urbana, é buscar formas de garantir a diversidade no exercício do direito à cidade.




PERGUNTA:

No texto, fala-se de direito do índio à cidade. Para você, o que significa isso

URGENTEEEEE

Respostas

respondido por: Daniel20044402
7

O povo indígena é considerado por muitos, menos evoluído estruturalmente que o povo local, mas isso não é 100% verídico, pois muitos indígenas já ocupam cidades, possuem cidadania, carteira de trabalho, emprego, família sustentável por meio de um salário fixo.

Na minha opinião alguns indígenas já abrigam as cidades, mas não deixam de ser descendentes dessa linhagem.

As vezes os povos podem sofrer descriminação, mas sempre terão sua maravilhosa cultura, método de falar, costumes, tradições e muitas coisas que só eles possuem.


soarestata2704: muito obrigada
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