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Ver artigo principal: Reino de Toledo
Os Visigodos, que tinham tomado Roma fazía dois anos, chegaram à região em 412, fundando o reino de Tolosa (Toulouse, no sul da França), e estenderam a sua influência gradualmente à Península, empurrando os Vândalos e Alanos para o norte de África, quase não dando tempo para que estes deixassem a sua marca na cultura Ibérica. Mais tarde, depois da conquista de Tolosa pelos Francos e da perda de grande parte dos territórios no que hoje é a França, os Visigodos mudaram a capital do reino para Toledo. Atribui-se que o apogeu do Reino Visigótico se deu durante o reinado de Leovigildo (572 - 586). Em 585 os Visigodos capturaram o rei dos Suevos, anexando os seus territórios.
Os visigodos eram os mais romanizados dos povos bárbaros. Eles mantiveram o sistema legal romano. O modo de produção era próximo do sistema feudal típico, e a religião predominante a católica. A cristologia classificada como heresia pela Igreja Católica denominada Arianismo propagou-se pelo reino, sendo combatida pelo rei católico Recaredo.
Curiosamente, a Espanha nunca entrou no período de analfabetismo que chamamos de Idade das Trevas, de que sofreram a Bretanha, Gália, Lombardia, e Alemanha nesses anos. A razão deve-se ao facto dos Visigodos terem sabido respeitar as instituções e as leis romanas, mantendo uma infraestrutura estável e arquivos históricos durante a maioria do intervalo entre 415, quando, segundo a tradição, começou o reino visigodo, e 711, quando foi destruído pelos árabes (na realidade estava já muito decadente antes de sua chegada).
Apesar de que a nobreza visigoda praticava o arianismo, este gozou de muito pouca popularidade entre a população hispano-romana da península, fiel em sua maioria à doutrina católica romana. Desde a coroação visigoda, específicamente no ano 587, o rei Recaredo, já convertido ao catolicismo, tratou de conciliar assim mesmo a religião ariana com a católica, mas com pouco êxito. Finalmente, impôs-se a opção católica pela força, dispensando a igreja ariana de seus bens em favor de sua antagonista.
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