• Matéria: Filosofia
  • Autor: vivibunekinhapac9pb
  • Perguntado 7 anos atrás

Disserte sobre a relação da escola com a preparação para o mercado de trabalho.


vivibunekinhapac9pb: Resume ppr

Respostas

respondido por: Anônimo
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Bom, pelo que examinei ao longo de muito tempo, a realidade é que há muitas forças CONFLITANTES nesse sentido. Porque Napoleão sonhou com uma escola que formasse pessoas OBEDIENTES e ele fez com que isso se tornasse realidade firme e forte. E a partir dali nunca mais as escolas do planeta inteiro deixaram de conter esse elemento que o velho ditador Napoleão injetou. Ou seja, lá no inferno o Napoleão pode sorrir de contentamento porque incrivelmente ninguém elimina esse elemento. Bom, em seguida veio o Ford e criou aquele sistema de linha de montagem que acabou influenciando até mesmo as escolas, então, aí você começa a visualizar o conflito que vai se formando, porque tudo que Napoleão projetou continuou ali presente, mas entrou em seguida a influencia do Ford. E nisso começa a expectativa também de que a escola forme para o mercado de trabalho. Então, temos a expectativa de que forme pessoas obedientes para o governo e prontas para o mercado de trabalho. Só que não acabou nisso. Porque em seguida veio o Gramsci, sonhando com uma escola que se voltasse para as linhas de frente do embate político. E agora sim está feito o estrago, porque o conflito é absoluto: o indivíduo tem que sair da escola sendo obediente pelo modelo napoleonico, mas ao mesmo tempo tem que ser um militante gramscista e ainda estar pronto para o mercado de trabalho. O resultado é que sai da escola com tudo isso misturado e, consequentemente, não é bom em nada disso. São coisas completamente opostas. E é por isso que as escolas não produzem o que preste.


Anônimo: Detalhe: esqueci de citar exemplos da influencia do Napoleão para você ver o nível de força que isso teve e o quanto isso nunca mais saiu do ambiente escolar: FOI ELE que definiu que as mesas deveriam estar enfileiradas, dispostas em direção ao professor, para criar na cabeça do aluno a ideia de que é dali que vem o conhecimento: do professor. De tal modo que é só engolir tudo e fim.
Anônimo: Os sinais indicando horário de entrada, de lanche, de saída, etc, são para criar a mentalidade de obediência firme. Note que o ambiente escolar tem forte semelhança com uma prisão. Portões, grades, muros, horários, sinais sonoros indicando intervalos, chamada oral, fardamento, punições... Isso porque ambas as coisas foram ditadas pelo mesmo Napoleão.
Anônimo: Bom, essas 3 influencias são as mais definidoras do pensamento escolar. MAS se quiser uma visão ainda mais completa, aí entra em cena a influencia medieval e a prussiana. Porque desde a Idade Média os alunos ficam voltados para o professor, MAS foi Napoleão que organizou a disposição das mesas em fileira, porque antes eles ficaram de pé e desorganizados, apenas voltados para o professor. Napoleão colocou-os sentados e enfileirados.
Anônimo: E quanto a influencia prussiana, o que ocorre é que a primeira escola estatal surgiu na Prússia em 1717 e o objetivo não era educar para ganho do aluno, mas sim militarizar o pensamento, fazer com que o aluno tivesse uma obediência cega à monarquia da Prússia. MAS depois veio Napoleão na França e completou o quadro de escravização mental elevando ao máximo do máximo.
Anônimo: Só mais uma coisa curiosa: recentemente começaram a descobrir que se o aluno fica de pé durante uma aula mais curtinha, ele se mantém atento o tempo inteiro e fixa melhor o conteúdo, porque o sangue circula melhor, a linfa circula melhor, o coração bate mais saudável, enfim, curiosamente, é mais uma coisa que antes do Napoleão se fazia corretamente e depois foi estragada. Caminhar lentamente ou ficar de pé ajuda no estudo.
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