Paciente deu entrada no pronto socorro pós acidente automobilístico com compartimento das seguintes regiões ventral da cabeça, porção medial , trauma subsequente em região ventral da cabeça, porção medial, trauma subsequente em região da nuca com perda auditiva questiona: baseado nos planos e eixos anatômicos quais estruturas ósseas foram atingidas?
Respostas
Resposta:A urgência e a tensão de quem passa por um atendimento num pronto-socorro muitas vezes podem prejudicar o esclarecimento em relação à sua própria condição de saúde. Mas, quando há um trauma de cabeça, todo cuidado é pouco e é de extrema importância que o paciente deixe o hospital completamente bem e orientado para evitar problemas de saúde futuros. De acordo com especialistas, uma pancada na cabeça, em qualquer idade, pode causar uma lesão oculta no cérebro. Essa lesão pode trazer consequências graves futuramente.
O plantonista do Hospital Universitário (HU) de Londrina, Mauro Roberto Basso, que também é membro do Comitê de Trauma da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica, explica que quando há alterações de níveis de consciência importante ou quando o paciente apresenta déficit motor, é preciso uma investigação mais completa, como por exemplo, a realização de uma tomografia.
''Antigamente quando alguém sofria uma pancada na cabeça era comum a realização de um raio-X, mas hoje já se sabe que o raio-X não é um exame definitivo, ele só serve para mostrar se há alguma fratura. Quando há a suspeita de um trauma craniano, é preciso ser feito uma tomografia'', diz.
De acordo com o médico, existe uma escala médica que avalia a gravidade do trauma de cabeça de uma pessoa. Esse exame clínico, segundo ele, é que vai definir por quais avaliações o paciente precisará passar e se poderá receber alta ou não. ''São avaliados três pontos fundamentais: a abertura dos olhos, a resposta verbal do paciente e a resposta motora. Se o médico que avaliar considerar que pode haver um comprometimento cerebral interno - daí é feito uma tomografia. Caso contrário, o paciente fica em observação por um tempo e pode ser liberado dependendo de seu quadro'', acrescenta.
Entretanto, Basso lembra que é importante que a população entenda que não é qualquer batida de cabeça que exige exames mais completos. Segundo ele, além da grande demanda de atendimentos nos hospitais públicos, alguns exames são muito caros e por isso certos protocolos de atendimentos precisam ser rigorosamente seguidos. ''O estado do paciente é varíavel, vai depender de cada caso. Existem casos de trauma que você observa o paciente por doze horas e ele melhora e em outros que em menos tempo há uma piora do quadro. Vai depender da violência do impacto e como foram as cirscuntâncias desse acidente''.
Após um trauma de cabeça, é importante que o paciente seja bem orientado pelo médico que o atendeu quanto aos riscos e sequelas futuros. Segundo Basso, depois de deixar o hospital, o paciente precisa ficar atento aos seguintes sintomas: sonolência excessiva; dor de cabeça muito intensa que não melhora com analgésico comum; visão dupla ou borrada; distúrbios de equilíbrio ou vômitos que não cessam. ''Muitas lesões não aparecem logo de cara, mas se manifestam tardiamente, isso vai depender da natureza do acidente e da resposta orgânica de cada pessoa. Dependendo do caso, o paciente pode ficar com deficit motor, dificuldade de motricidade ou em casos mais raros, se não for feito nada a tempo, até morrer. Por isso, se o paciente sair do hospital e não se sentir bem, o ideal é que procure um médico para fazer uma investigação subsequente''.
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