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A chuva que cai agora na cidade me faz pensar sobre uma crônica mais leve…
Uma crônica mais leve do que tem sido o costume deste cronista: escrever sobre os desmandos e absurdos de um país!
Por hora, por instantes, por um breve tempo…
Ou o que valha…
Deixo um pouco o olhar sobre este assunto e escrevo sobre o que é mais comum do que o comum: futilidades!
É importante saber que a vida é, sim, feita de muitas futilidades!
Usar o tempo para não falar de nada! Como se, uma mágica extraordinária, tivéssemos tempo de sobra para não falar de nada!
A chuva que cai, miúda e constante, me faz pensar quão bom é poder ter tempo para fazer uma crônica sobre a chuva. Quão bom pensar nas palavras para preencher esta crônica! Quão bom é poder sentir, palavra a palavra, a crônica. Como pão macio saído do forno. Como biscoitos crocantes e uma boa xícara de café…
Café…
Só de pensar no cheiro do café imagino a crônica ainda mais leve: preguiçosa, dedos que escorregam sobre o teclado. Preguiça de escrever… Uma certa molência, um certo ar de desdém, uma dormência…
Que bom saber que, apesar de tudo, apesar de tudo mesmo, ainda há tempo para a poesia do dia, a poesia do nada ou do fazer nada. Novamente as pequenas coisas e os mistérios do que é frágil ou aparentemente banal.
Quando penso nesta crônica, no café ou nas besteiras que a gente faz, agradeço poder estar vivo para escrever mais um texto em que foi possível parar e respirar.
Esta crônica é meio isso, uma pausa, um descanso, um intervalo no meio da confusão.
Escrevamos então besteiras e bebamos um café! Façamos isso enquanto o tempo nos concede esses episódios tão gostosos e genuínos da vida. Viver é também isso!
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