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Não demorou para que o jovem fosse apadrinhado por nobres e se tornasse conhecido rapidamente pela elite intelectual. Ao mesmo tempo em que desenvolvia cada vez mais suas habilidades, começou a dar os primeiros passos na concretização de sua valorosa obra.
As comparações com outro gênio da música erudita, Mozart, foram inevitáveis, e o próprio contemporâneo previu ao prodígio um grande futuro na música. Na década de 1790, aos 21 anos, já com a família desestruturada e tutelado pela corte e pelo conde Waldstein, Beethoven parte definitivamente para Viena, Áustria
Lá, a partir de suas ótimas relações com os intelectuais, os artistas e principalmente a nobreza, concluiu seus estudos de música com os maiores mestres daquela geração. O jovem Beethoven já era um músico com prestígio e reconhecimento mundial. Beethoven havia se ligado profundamente à literatura em momentos duros de sua vida e, a partir daí, envolveu-se com os ideais iluministas.
Esse pode ter sido um momento fundamental para a determinação do significado histórico que iria adquirir a obra de Beethoven. As ideias do Iluminismo, visões de mundo promovida por um movimento intelectual baseadas na racionalidade e no desenvolvimento científico – em oposição a dogmas políticos e religiosos tradicionais – transformaram a mentalidade do músico.
Beethoven conseguiu captar o espírito de seu tempo, e sua obra passou a transmitir cada vez mais profunda intensidade e paixão. Beethoven transbordava sentimentos humanos em suas grandes peças, a dor, a paz, a energia, a transformação.
O antes modesto Beethoven ganhou os palácios. Passou muito tempo tocando para a corte imperial ao mesmo tempo em que executava concertos históricos, como o que dedicou ao próprio príncipe, “Três Trios para Piano, Violino e Violoncelo, Opus 1”. Começava também a compor nesta época verdadeiras obras-primas no fim de 1790, suas famosas sonatas. Neste momento, o músico já se mantinha financeiramente com boa renda.