• Matéria: Pedagogia
  • Autor: ACADEMICA30
  • Perguntado 7 anos atrás

Leia o relato a seguir:
"Limpo minha testa com uma toalha de papel úmida. Estou suando como se estivesse mais de 40°C lá fora. Sei que está quente, mas acho que estou nervosa e, ao mesmo tempo, empolgada. Em dois dias, darei minha primeira aula para a educação infantil. Olho para minha sala com orgulho. Madison e eu fizemos um ótimo trabalho em nossas salas de aula. Enquanto admiro nosso trabalho duro, a porta se abre, e Madison entra. "Pronta para almoçar?"
Madison é professora das séries iniciais há cinco anos. Muitas das minhas horas de observação foram em suas aulas, e quando esse cargo ficou disponível, cruzei os dedos. Nunca esquecerei a noite em que recebi a ligação informando que tinha conseguido o emprego. Enquanto apreciamos nossas saladas, Madison continua a conversa. "Acho que a parte mais difícil na educação infantil é que você realmente não faz ideia do que lhe espera até que as aulas comecem e você tenha tempo de realmente conhecer seus alunos e suas famílias." Ela explica: "Quando dei aula no 4º ano, eu tinha as informações dos históricos escolares de todos eles." Pensando um pouco, ela acrescenta: "E eu ainda tinha suas cadernetas escolares, diversos tipos de testes, além de poder falar com professores dos anos anteriores para me informar sobre os alunos e suas famílias." Comendo outra folha da alface, ela diz: "Mas, na educação infantil, você geralmente não tem informações prévias."
Ao voltar para a escola, vou até a diretoria. Ao me ver, a diretora Elan Cortez diz: "Então, aí está você. Estava lhe procurando." Preocupada, pergunto: "Está tudo bem?" Ela coloca sua mão sobre o meu ombro e diz: "Ah, sim, não se preocupe. Nathan e eu só queríamos falar com você rapidinho sobre um menino que será seu aluno este ano." Nathan é o nosso professor de educação especial do 1º ano. Elan é quem começa o assunto: "a razão pela qual lhe chamamos é porque queremos falar sobre um aluno que você conhecerá na quinta-feira. Seu nome é Jack McKinley e ele foi diagnosticado com autismo." Olho para Elan surpresa. Lentamente, respondo: "Ah, é? Tudo bem." Elan confirma e diz: "Jack tem tido sessões de fonoaudiologia desde os 2 anos de idade e tem frequentado a pré-escola desde que completou 3." Nathan interrompe: "Ele também fez tratamento para desenvolver suas habilidades sociais." Balanço a cabeça, nervosa, tentando absorver toda a informação que estão me passando. Nathan continua: "Segundo sua professora, Jean, da pré-escola, suas habilidades orais e sociais têm melhorado muito, embora ele ainda apresente muitos comportamentos repetitivos, tenha menos habilidades verbais do que seus colegas e ainda tenha alguns problemas em manter contato visual." Elan interrompe: "Seus pais dizem que ele ainda se sente frustrado em multidões, quando tem dificuldade para se comunicar ou é contrariado." Colocando o indicador na frente dos lábios, ela diz: "Eles também nos avisaram que, às vezes, ele parece viver em um mundo particular." Nathan logo acrescenta: "Mas também disseram que isso está melhorando." Elan concorda. Olho para Nathan, depois para Elan e pergunto: "Algum de vocês já o observou?" Ambos respondem que não. Nathan se inclina e diz: "Sei que é difícil, mas ele tem um auxiliar educativo pessoal que estará lá para acompanhá-lo todo o tempo." Ainda tentando compreender tudo, pergunto: "Só estou curiosa, por que Jack não está na turma de Madison? Ela tem nove anos de experiência." Elan explica: "Jack precisava da aula da tarde porque ele faz sessões de fonoaudiologia e terapia ocupacional durante a manhã." Respondo: "Bom, então, mal posso esperar para conhecer meu pequeno Jack na quinta-feira."
(McLURKIN, Denise L. Questões sociais desafiadoras na escola: guia prático para professores. São Paulo: Penso, 2015, p. 17-19. Texto adaptado)
Considerando a importância de uma educação que sabe acolher a diversidade em suas especificidades, como você se prepararia para trabalhar com Jack? Às vezes, ter outro adulto em sala de aula pode ser complicado. Como você se prepararia para trabalhar em colaboração com o auxiliar educacional pessoal de Jack?
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Respostas

respondido por: icrs00
56

Resposta:É possível que o docente se sinta incapacitado para interagir com uma criança autista. Aparentemente, a criança simplesmente se recusa a interagir com o professor e suas propostas. Isto se deve ao fato de que o autista possui uma gama de características que o diferem de qualquer outra criança com deficiência. Essas diferenças se encontram nas áreas de percepção e de comunicação, tanto receptiva quanto expressiva, bem como em aspectos ligados à interação social, além de um recorrente uso da imaginação, com o qual o autista constrói um mundo próprio. Esse problema de interação social não se resolve simplesmente colocando-o em contato com outras crianças.

No entanto, algumas ações podem amenizar a distância entre o educador e a criança autista. Para atender aos alunos com necessidades educacionais especiais, é preciso conhecer suas demandas e suas potencialidades. Desse modo, uma boa alternativa é buscar conhecimento sobre as principais características envolvidas no atendimento aos alunos autistas em uma sala de aula regular.

Um levantamento prévio, por meio de conversas com outros educadores e especialistas, poderá servir como um complemento aos resultados de uma pesquisa em livros e sites especializados, tanto em educação inclusiva quanto no comportamento autista. Em relação ao professor de apoio, prática sempre mais comum na educação inclusiva, o convívio deve ser de apoio mútuo, e cada profissional deve estabelecer os limites de sua própria atuação. A consciência de um trabalho bem escalonado, e que deve ser feito por várias mãos, pode ajudar tanto o aluno quanto a convivência entre os profissionais.

Explicação:

respondido por: Matheusieti
5

O trabalho junto ao auxiliar educacional de Jack deve estar baseado na inclusão, e, na formulação de relatórios, a partir de um caráter observador, ou seja, a promoção de ações que visem a aproximação entre Jack e o educador, além do reconhecimento de demandas, bem como das diferentes potencialidades.

Para finalizar, Jack por ser uma criança com um certo nível de autismo, precisa de cuidado e acompanhamento, porém, esse cuidado não deve ser confundido, é importante que a educadora junto da auxiliar fortaleçam o caráter de autonomia de Jack nas atividades.

Mais sobre o espectro autista:

https://brainly.com.br/tarefa/37620401

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