A política não é necessária, em absoluto ¿ seja no sentido de uma necessidade imperiosa da natureza humana como a fome ou o amor, seja no sentido de uma instituição indispensável do convívio humano. Aliás, ela só começa onde cessa o reino das necessidades materiais e da força física. Como tal, a coisa política existiu sempre e em toda parte tão pouco que, falando em termos históricos, apenas poucas grandes épocas a conheceram e realizaram. Esses poucos e grandes acasos felizes da História são, porém, decisivos; é só neles que se manifesta de cheio o sentido da política e, na verdade, tanto o bem quanto a desgraça da coisa política. Com isso, eles tornam-se determinantes, mas não a ponto de poder ser copiadas as formas de organização que lhes são inerentes, e sim porque certas ideias e conceitos que se tornaram plena realidade para um curto período de tempo, também co-determinem as épocas para as quais seja negada uma experiência plena com a coisa política.
(Adaptado de: ARENDT, Hannah. O que é Política? ¿ fragmentos das obras póstumas compilados por Úrsula Ludz. Tradução de Reinaldo Guarany, 11.ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013, pp. 50-51)
O texto acima é classificado como parte de uma obra de:
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Filosofia política.
A filosofia política é um ramo da filosofia que tem por finalidade o estudo das questões relacionadas à convivência entre o ser humano e as relações de poder existentes. Além disso, a filosofia política realiza a análise de assuntos relacionados à natureza do estado, do governo, da justiça e também do pluralismo.
Envolve a investigação filosófica dos assuntos da vida política dos indivíduos.
O texto exposto no enunciado da questão pode ser classificado como uma obra de filosofia política.
Bons estudos!
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