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Resposta:
A família do senhor José Vicente Rodrigues e dona Maria Rodrigues era composta por seus filhos: Luis Rodrigues, Antonio Rodrigues, João Rodrigues, José Rodrigues, Manoel Rodrigues. Raimundo Rodrigues e Mercedes Rodrigues eram migrantes oriundos do estado do Piauí. Os mesmos partiram junto com a família Mourão como retirantes fugindo da seca. Eram famílias de agricultores e caçadores. No maranhão se instalaram, seguindo para o centro do José Rodrigues, onde as famílias se dividiram. Os membros da família Mourão seguiram rumo à Pedra do Salgado. Dona Maria Rodrigues que tinha o apelido de Cunhã, era uma grande mulher, segundo Fino Mourão, ela era branca, "bem alva", olho azuis e mulher de negócios, enquanto seu José Vicente era mais calmo e trabalhador. No ano de 1928, as caças foram ficando escassas. Resolveram sair abrindo variante mata a fora até chegar a um olho d’água que na época era cercado pela mata, segundo o senhor Raimundo Tocador. Quando chegaram pela variante, local onde hoje é o Banco do Brasil, avistaram um juçaral (açaizal), chegando perto viram muita água azul e cristalina, a caça encontrada consistia em muitos porcos do mato (caititus) dos quais se alimentaram por muito tempo. Em seguida, encontraram vários minadores os quais chamaram de "olho d’água". Construíram seus casebres no trecho onde hoje está localizado o Banco do Brasil, e foram buscar a família no Centro do José Rodrigues. Roçaram, e em julho de 1928, foi feita a primeira colheita de arroz, a partir daí, começaram a desenvolver outras culturas como feijão, milho, mandioca, legumes e outros. Devido ao apelido de Maria Cunhã, aí se formou o centro chamado Olho d’Água das Cunhãs. Depois de instalado, José Vicente foi para Pedra do Salgado e convidou o senhor Marculino Mourão para vir morar em seu centro, o amigo veio junto. Nessa época da descoberta de Olho d’Água, só havia veredas para Pedra do Salgado. No dia 10 de Junho de 1930, José Vicente Rodrigues e seus filhos fizeram uma casa em apenas um dia, no local onde hoje é o Supermercado Central. Coberta de palha, um verdadeiro casarão, tampado, com apenas um quarto do casal. Quando ele terminou todo o serviço, foram tomar banho na fonte, onde, também chamavam de porão. Lá no banho, José Vicente profetizou dizendo: “Marculino, um dia aqui vai ser cidade”. Marculino respondeu: “O que é isso rapaz, nem nós sabemos onde estamos como é que vai ser cidade um dia ?”. Ele afirmou outra vez. E aí foi chegando mais famílias, como: Antonio Saturno, Lourenço Severino, Manoel Matias e Vicente Doca. No dia 15 de julho de 1933, Padre Jaime, de Bacabal, celebrou a primeira missa do centro Olho d’Água das Cunhãs, na residência do senhor João Pinheiro, onde hoje está localizada a Igreja Matriz. Nesse dia aconteceram dois casamentos: Antonio Rodrigues e esposa e Lourenço Severino e esposa. Nesse período, o único meio de transporte era animal. Para se chegar a Bacabal, cidade mais próxima, era um dia de viagem e a pé gastava-se dois dias. Um marco importante para os habitantes do lugarejo, em 1938, foi a chegada do senhor Raimundo Tocador que muito animou o povo com sua sanfona, tocando nos famosos "vesperais" da redondeza, os carnavais e outras festas. Lembra o referido senhor, das festas de Santo, comemoradas por dona Maria Cunhã que contagiava a todos os povoados e que a mesma ensinava o ritmo da dança aos participantes. Segundo informações, em 1948, chega ao vilarejo Jesso Mesoreita, que foi o primeiro a possuir um carro de marca Ford, era um grande comerciante e residia onde hoje é a Av. Zezico Costa. A primeira loja de tecidos foi do senhor José Espicha, onde hoje funciona a Casa Bandeirante. A primeira Igreja Matriz era de palha, e o vigário chamava-se Hélio. O senhor Antonio Tomaz de Oliveira foi o primeiro fazendeiro, trazia gado do sertão para vender no povoado, possuía tropa de animais para transporte de fumo e outras mercadorias. Chegou em Olho d’Água em 1950. Neste mesmo ano chegou também Zezico Costa. Após o período de povoamento o vilarejo passou a ser cidade. E nesta condição houve diversas mudanças, divisões, intrigas e até mortes.
Resposta:
Explicação:Eu sou tataraneto de Marculino Mourão, Bisneto de Fino Mourão e neto de Carlos Mourão. E foi desta forma que a cidade de Olho d'Água das Cunhãs nasceu. A família Mourão é uma das famílias mais antigas da cidade, como também uma das maiores em questão de pessoas.