• Matéria: Sociologia
  • Autor: laylacristinann
  • Perguntado 7 anos atrás

Quais são as condições humanas das Sociedades Tribais?

Respostas

respondido por: CayoSilva10
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° CONCEITO

O trabalho, de uma maneira geral, encontra-se intrinsecamente relacionado com a satisfação das necessidades dos seres humanos – alimentar-se, proteger-se do frio e do calor, ter o que calçar, etc. Este fato coloca os homens numa relação de dependência com a natureza, pois é no mundo natural que estão os elementos que devem ser utilizados/modificados. Deste modo, o trabalho implica necessariamente um custo humano, de esforço para sua realização.

Se detivermos nossa atenção por um momento, perceberemos que, praticamente, tudo à nossa volta existe por conta do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos cercam são altamente complexos e movimentam relações diversas entre os indivíduos. Os modos como o trabalho se organizou ao longo da História também foram bastante variados de sociedade para sociedade.

°TRABALHO EM SOCIEDADES TRIBAIS

Para o cientista social norte-americano Marshall Sahlins, nas sociedades tribais, embora muito distintas entre si, o trabalho geralmente não tem a mesma concepção que vigora nas sociedades industrializadas. Naquelas o trabalho está integrado a outras dimensões da sociabilidade – festas, ritos, artes, mitos, etc. –, não representando, assim, um “mundo” à parte.

O trabalho está em tudo e, praticamente, todos trabalham. Sahlins propôs que tais sociedades fossem conhecidas como “sociedades de abundância” ou “sociedades do lazer”, pelo fato de que nelas a satisfação de suas necessidades básicas (sociais e materiais) se darem plenamente, o que permitiria que seus membros usufruíssem seu tempo em atividades não relacionadas à produção.

TRABALHO E ESCRAVIDÃO

A atividade do trabalho sempre envolve um nível mais ou menos elevado de esforço (e sofrimento, cansaço). Este aspecto foi decisivo para a condenação, na Grécia Antiga, por exemplo, do trabalho manual, visto como uma atividade extenuante, humilhante e torturante.

Naquela sociedade, era sobretudo a mão de obra escrava quem trabalhava para o sustento do restante da população. A relação entre trabalho e sofrimento, presente até mesmo em trechos da Bíblia, contribuiu para sua conotação social “negativa”. Isto representou um “problema” para o sistema capitalista que, ao abandonar a escravidão (caso do Brasil), precisou modificar a imagem pejorativa do trabalho, tornando-a dignificante.

° SOCIOLOGIA E TRABALHO

Desde o inicio de seu desenvolvimento, ainda em meados do século XIX, a Sociologia se dedica a analisar o trabalho como elemento central das sociedades modernas. Para o sociólogo francês Émile Durkheim, o trabalho modificou completamente as sociedades industrializadas, de complexa divisão social do trabalho. Enquanto Karl Marx considerava que a divisão do trabalho gerava conflito entre indivíduos e classes sociais, Durkheim – em sua obra Da Divisão do trabalho social – explicita de que maneira o processo de especialização do trabalho gerado pela industrialização engendrou uma forma específica de união entre os indivíduos.

Ao invés de desarmonia, o trabalho nas sociedades capitalistas industrializadas originou a solidariedade orgânica – nos locais de trabalho, em que as pessoas passam a maior parte de seu tempo, homens e mulheres (que não necessariamente compartilham os mesmos sistemas de valores e crenças) aprenderiam a conviver uns com os outros. Este tipo se oporia à solidariedade mecânica, típica de sociedades tradicionais, em que o fator que une os indivíduos não são as relações de trabalho, mas o fato de terem em comum tradições, traços culturais, visões de mundo, etc.

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