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Os mestres universitários adquirem fama e importância, os livros se multiplicam, e o modelo de ciência antiga começa a ruir. Robert Grosseteste e seu discípulo Roger Bacon trabalham a ideia de pesquisa científica, idealizando experimentos. As universidades de Paris, Oxford e Colônia testemunham os grandes debates e o surgimento de obras gigantescas. É o século de são Tomás de Aquino, Alberto Magno, são Boaventura e Duns Scotus.
A disputa escolástica
Possivelmente a maior contribuição da Escolástica à filosofia tenha sido o seu notável rigor metodológico e dialético. Os estudantes das principais universidades precisavam passar por exames que envolviam a disputa oral de argumentos, sempre regida pelo uso da lógica formal e intermediada por um mestre.
Pedro Abelardo se inspirou nesse método dialético e o aprofundou em sua obra Sic et Non, que virou referência para a resolução de problemas a partir da sucessão de afirmações e negações sobre um mesmo tópico. Para isso, era imprescindível uma definição satisfatória dos termos, que evitasse ambiguidades.
Tiveram muito sucesso nesse sentido os escolásticos, chegando a criar palavras totalmente novas a partir das raízes do grego e do latim, o que acabou resultando no latim escolástico. A própria evolução das ciências se deve em grande parte ao desenvolvimento desse rigor terminológico.
A relação entre filosofia e teologia
Entre os renascentistas e iluministas, criou-se a ideia de que a Escolástica havia se submetido a Aristóteles como um servo feudal se curva ao seu mestre, o que os estudos do século 20 desmentiram profundamente.