Leia o poema abaixo
Vício da fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
ANDRADE, Oswald. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.
No poema de Oswald de Andrade, há uma descrição de um hábito muito comum na fala de brasileiros, principalmente àqueles não escolarizados. Pensando nessa desigualdade, é dever da escola:
Escolha uma:
a.
Ensinar a norma padrão, principalmente às regras da gramática e destacar a noção de certo e de errado.
b.
Ensinar a norma padrão sem desmerecer às variedades menos prestigiadas da língua.
c.
Ensinar a norma padrão e desconsiderar que existem outras variedades linguísticas.
d.
Ensinar a norma padrão, principalmente às formas rebuscadas da literatura.
Respostas
Resposta: Letra C
Explicação:
Em relação à desigualdade no modo de falar do brasileiro, o dever da escola é:
b. Ensinar a norma padrão sem desmerecer às variedades menos prestigiadas da língua.
Variedades linguísticas
Não existe certo e errado quando se trata da fala ou da linguagem. O que existem são variações, diferentes formas de falar uma mesma língua, e todas são válidas e devem ser respeitadas.
A obrigação da escala é ensinar aos alunos a usar a norma padrão da língua, seguindo as regras da gramática normativa. Mas a escola não pode desconsiderar as variedades linguísticas de menor prestígio social, como as faladas por pessoas de menor grau de escolaridade, que pertencem a determinados grupos sociais ou que falam o dialeto de certa região do país.
Mais sobre variedade linguística em:
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