• Matéria: História
  • Autor: raissapsouza7
  • Perguntado 7 anos atrás

Quais revoltas regenciais tiveram participação popular?

Respostas

respondido por: tataaf354
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Resposta:

Malês

O palco desse acontecimento foi na capital Salvador, província da Bahia, no ano de 1835. Na região, havia muitos negros escravos e libertos, que não se conformaram com a escravidão e imposição da religião católica. Vale ressaltar que os negros de Salvador eram na sua maioria de origem muçulmana.

O grupo de escravos que formavam o grupo de revoltosos, eram os conhecidos como “negros de ganho”, ou seja, vendiam produtos pelas redondezas e traziam metade do que recebiam para seus donos.

Como esses escravos ficavam de certa maneira “livres” para andar pela capital, facilitava a organização de tal movimento. Inclusive, muitos deles conseguiam guardar quantias de dinheiro com as vendas que realizavam e acabavam comprando a própria carta de alforria.

O movimento, que durou menos de um dia, não alcançou os objetivos esperados. Foi duramente controlado, com um saldo de muitos mortos, outros presos e cerca de quinhentos negros libertos foram exilados para a África.

Apesar de não ter tido sucesso, o levante do Malês teve seu destaque em nossa história, por apresentar uma organização dos povos menos favorecidos da época.

Cabanagem

A revolta da Cabanagem ocorreu na província do Grão-Pará, no anos de 1835 a 1840. Seus componentes foram negros, índios e os cabanos –– moradores de cabanas. Seus integrantes lutavam pela melhoria de vidas dos pobres e da perda do domínio político dos grandes produtores da terra.

Suas ações tiveram algum êxito, por ter conseguido conquistar a capital Belém e até mesmo chegaram a declarar a independência do Pará! No entanto, o sucesso não perdurou por muito tempo. Em 1840, foram derrotados pelo governo, ocasionando a morte de cerca de 30 mil pessoas.

Os que conseguiram fugir eram perseguidos até serem mortos, o que ocasionou cerca de mais de 40% da população paraense da época!

Sabinada

Ainda na Bahia, dois anos após da revolta de Malês, foi a vez da classe média, os ricos e militares se juntarem para dar início a revolta da Sabinada. O nome surgiu, em decorrência do líder ser o médico Francisco Sabino.

As reivindicações eram os baixos salários dos militares e a insatisfação com o governo regencial, que queria enviá-los para resolver conflitos populares no Sul do país. Já o interesse por parte dos demais integrantes era ter maior participação política e mais acesso ao poder.

Conquistaram algumas vitórias como proclamar uma república, o que durou apenas alguns meses. Após isso, foram duramente reprimidos pelas autoridades da província, tendo muitas mortes, como o do líder da revolta e outros participantes deportados ou executados.

Balaiada

No Maranhão, ocorreu a revolta da balaiada, nos anos de 1838 a 1841. Esse conflito recebeu adesão dos quilombolas, escravos, artesãos e os pobres lutavam para deixarem de ser explorados pela classe dominante –– os produtores rurais e os grandes comerciantes da região.

Entretanto, a revolta teve início por motivos de disputa das elites locais. Um de seus líderes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, era comerciante de balaios, daí o nome de balaiada. Foi no ano de 1840, que o futuro Duque de Caxias, então coronel do exército do governo regencial, liderou a dominação sobre os rebeldes.

Farroupilha

Conhecida também como a guerra dos farrapos, essa revolta se deu no Sul do Brasil, na província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O objetivo dos rebeldes era conquistar maior autonomia econômica e política para a região.

Entre os farrapos, como eram chamados os revoltosos, destacam-se personagens que marcaram o cenário político: Anita Garibaldi, Bento Gonçalves, Giuseppe Garibaldi e Bento Manuel.

A revolta teve um grande feito em 1838: a aclamação da República de Piratini ou Rio-Grandense, tendo como presidente o líder Bento Gonçalves. Somente anos mais tarde, por volta de 1845, que todos os integrantes desse levante foram derrotados pelo governo regencial.

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