• Matéria: ENEM
  • Autor: josielmoura2016
  • Perguntado 7 anos atrás

Com a globalização e a busca por vantagens competitivas, as cadeias globais passaram a fazer parte do mundo empresarial, e “mesmo as grandes empresas passaram a adotar novas estratégias, como a transferência de suas unidades industriais para outros países. As matrizes concentraram as atividades de marketing, design e gerenciamento das marcas nos países desenvolvidos enquanto a produção foi redirecionada para os países asiáticos com mão-de-obra barata e abundante”. (SANTANA, 2014, p. 122).Considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados ao longo da disciplina, identifique organizações que possuem uma cadeia de suprimentos integrada em diversos países (cadeias globais), buscando destacar os elementos da cadeia de suprimentos.​

Respostas

respondido por: brendaisis
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As cadeias globais de valor são corretamente definidas como as atividades necessárias para que os produtos possam ser planejados, produzidos, e posteriormente, entregues ao consumidor final.

Assim, o comércio é um importante exemplo desse tipo de cadeia, que se dá na maioria das vezes por intermédio da relação entre países pobres e ricos, além de ser comprovado que essa cadeia tornou-se benéfica para os países mais pobres.


josielmoura2016: você e estudante de logística também ? se for me chama no zap 021991684745
respondido por: pllpll
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Resposta:

Em busca de um bom exemplo de organização que possuísse uma cadeia global de suprimentos, encontrei um artigo sobre o comércio de couro e calçados, e a inserção do Brasil nesse mercado.

A Cadeia Global de Valor é entendida como o conjunto de atividades que abrange o design, a produção e as vendas de um produto, permite que o desenvolvimento do produto, a produção e atividades de marketing sejam decompostos entre empresas distintas que podem, inclusive, estar organizadas geograficamente em locais diferentes.  

A governança de cadeia se faz muito importante, pois economias de escala, e todas as outras vantagens geradas pela concentração geográfica, serão absorvidas pelas empresas que estiverem no controle da cadeia de valor.

Na etapa de produção de calçados o artigo identifica dois tipos de empresas: as firmas (locais atuam na produção de matérias-primas, componentes e calçados) e as transnacionais, possuem atuação global e são proprietárias ou detentoras de grande parte da participação acionária das empresas em diversos países.  

Já na etapa de logística e comércio, podemos distinguir as empresas varejistas (que se subdividem em cadeias de lojas de departamento) dos grandes atacadistas e agentes distribuidores. Configurando-se como uma indústria bastante dinâmica, vários países migraram de produtores para se especializar no comércio varejista (Estados Unidos e Japão) enquanto outros países passaram a atuar como traders em detrimento da confecção em si (Coreia do Sul e Hong Kong). Países emergentes como o Brasil, o México, a China, a Índia, a Indonésia, a Tailândia e o Vietnã se especializaram na elaboração dos calçados, enquanto a França dedicou-se à criação e marketing. Os produtos de qualidade superior e com design diferenciado concentraram-se na Espanha e na Itália.

Taiwan, Brasil e México: produção voltada tanto para o mercado doméstico, quanto direcionada ao mercado internacional. É formada por empresa de todos os portes. Aglomerações industriais: Taiwan – Taichung e Formosa; Brasil – Birigui, Campina Grande, Franca, Jaú, Juazeiro do Norte, Nova Serrana, São João Batista e Vale do Sinos; México – León, Guadalajara e Cidade do México.

No contexto da integração do Brasil às Cadeias Globais de Valor é importante compreender mais profundamente a estrutura do terceiro grupo, comparando as experiências do México, de Taiwan e do Brasil.

Tipologia de modernização industrial No setor de calçados, países como Vietnã, Paquistão e Tailândia, recebem insumos e processos semiacabados, realizam atividades simples de montagem e retornam o produto ao cliente para outras operações. Portanto, agregam baixo valor ao produto final e possuem produção em larga escala.

No segundo e terceiro grupos, estariam Brasil, México e Taiwan, pois executam atividades de design (em alguns casos, especialmente em empresas de médio porte) e possuem capacidade de gestão da cadeia de fornecedores. Taiwan conseguiu avançar na cadeia de valor por meio de uma estratégia própria. China, Índia e Indonésia encontram-se em uma posição intermediária. Os países europeus, como Itália e Espanha, inserem-se no quarto grupo, com forte investimento em desenvolvimento do produto, design, qualidade e gerenciamento de marca própria. A França, por sua vez, opera com características de global buyers e OBM, atuando principalmente no mercado de alto luxo e segmento esportivo, em pequena escala e com artigos que ditam as tendências da moda. O posicionamento estratégico do Brasil nas Cadeias Globais de Valor envolve o seu comportamento quanto às estratégias de fortalecimento da competitividade da indústria calçadista. A abertura comercial implementada ao longo dos anos 1990 e a subsequente sobrevalorização da moeda brasileira contribuíram para reorientar a indústria calçadista nacional para o mercado interno, que começaria a sofrer com a concorrência dos produtos asiáticos, especialmente no segmento de calçado de baixo custo.

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