As teorias iniciais sobre o Comércio Exterior têm o economista David Ricardo como seu principal expoente. Este economista desenvolveu as bases para a teoria das vantagens comparativas. Em sua ideia principal, cada país deveria especializar-se na produção da mercadoria em que é mais eficiente (consumo em menor tempo de produção), ao passo que adquire a mercadoria que tem baixa produtividade em produzir.
Já a teoria moderna foi desenvolvida pelos economistas Bertil Ohlin e Eli Heckscher, os quais postulavam que um país deveria se especializar a partir de seu recurso produtivo mais abundante, com uma clara referência ao sistema de produtividade, ou seja, a eficiência produtiva acaba por estabelecer os fluxos de comércio. Assim, a concepção atual de comércio exterior envolve a troca entre os ativos mais importantes de cada economia. Estamos falando não de mercadorias, mas de taxa de câmbio. O câmbio é a relação entre a quantidade de moeda nacional e a aquisição de uma unidade de moeda de referência. Por exemplo, com R$ 3,10 se adquire US$ 1.00.
Brasil: US$ 1,00 = R$ 3,10 (cotação direta)
Exterior: R$ 1,00 = US$ 0,32 (cotação indireta)
Desse modo, o câmbio reflete os níveis de desenvolvimento econômico de cada país, bem como a sua eficiência produtiva. Por isso, a unificação de moeda entre países é uma questão delicada, e o projeto de sua implementação arriscado, pois pode empobrecer ainda mais os países menos desenvolvidos.
Para compreender a dinâmica da taxa de câmbio, é interessante perceber o câmbio (dólar) como uma moeda, que pode ser demandada ou ofertada pelos agentes econômicos. A demanda é realizada através dos compradores de dólares no mercado – que podem ser tanto os importadores de mercadoria, que pagam em dólares por seus produtos, quanto os investidores estrangeiros na bolsa de valores que desejam retornar ao seu país de origem. Por outro lado, os ofertantes de dólares relacionam-se com os agentes que desejam vender seus dólares, seja através dos exportadores, pois recebem em dólares e desejam trocar por reais, seja pelos investidores produtivos estrangeiros, que trazem seus dólares com o intuito de implementar ou de expandir seu sistema produtivo.
Com base no exposto, vamos ao desafio:
Imagine que o Mercosul (Mercado Comum do Sul), integrado pela Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, decida, em cúpula, implementar uma moeda única para o bloco econômico, chamada de Guarani. Aponte as vantagens e desvantagens para os países envolvidos.
Escreva sua resposta no campo abaixo:
Respostas
Resposta:
Vantagens: Permite aos consumidores e empresas observarem e compararem facilmente os preços praticados nos outros países, o que estimula o comércio entre países e o investimento.
A moeda única faz com que os agentes econômicos de outros países tenham interesse em estabelecer trocas comerciais. Este facto faz aumentar a sua importância na economia mundial.
A dimensão e estabilidade econômica existentes nesta zona permitem resistir a mudanças repentinas ou choques que possam surgir no resto do mundo.
Desvantagens:O custo de transformação das moedas dos países aderentes;
Todo o processo de mudança como por exemplo a mudança de sistemas contáveis, programas, material impresso, maquinas de venda automática.
Custo da formação das pessoas que são elementos imprescindíveis das empresas;
A perda de soberania sobre a taxa de câmbio e taxa de juros
Explicação:
Resposta:
Padrão de resposta esperado
Conforme mencionado no texto do desafio, a moeda deve refletir no nível de eficiência e desenvolvimento produtivo de um país. Por isso, a unificação monetária deve ser realizada a partir de um nível de desenvolvimento equalizado entre os países. Vamos então às desvantagens e vantagens da unificação monetária.
DESVANTAGENS:
Extinção de uma moeda histórica instituída.
Balança comercial negativa entre os países mais pobres ou menos desenvolvidos, visto que a unificação monetária irá facilitar o fluxo de comércio para o país mais desenvolvido.
Desemprego nos países menos desenvolvidos do bloco.
Perda de autonomia monetária e financeira, pois existirá um Banco Central único no bloco.
VANTAGENS:
Decisões centralizadas e válidas para todos os países do bloco.
Redução das tensões, associadas ao comércio, entre os países.
Apoio financeiro do bloco para aprimorar o desenvolvimento econômico dos países mais pobres pertencentes a ele.
Apoio para qualificação de mão de obra dos países mais pobres.