• Matéria: Filosofia
  • Autor: Lavínia29
  • Perguntado 7 anos atrás

Segundo a filosofia o que é amor ao próximo?

Respostas

respondido por: Yvinny
3

Resposta:

O “amor ao próximo”: filosofia . O conceito bíblico acerca do “amor ao próximo” diz que Deus rejeita amor à ele, quando este é oferecido por alguém que não ama o seu próximo. O amor ao próximo na Bíblia representa muito mais do que o louvor da boca para fora

Explicação:

respondido por: tiagoaciolly
5

Resposta:

O “amor ao próximo”: filosofia, religião e psicologia. ... Bem, o conceito bíblico acerca do “amor ao próximo” diz que Deus rejeita amor à ele, quando este é oferecido por alguém que não ama o seu próximo. O amor ao próximo na Bíblia representa muito mais do que o louvor da boca para fora

Explicação:

O “Amor ao próximo": Filosofia, Religião e psicologia.

O que é o amor? O que é o “amor ao próximo”? O que podemos entender sobre isto?

“Amarás a teu próximo como a ti mesmo”.

Bem, o conceito bíblico acerca do “amor ao próximo” diz que Deus rejeita amor à ele, quando este é oferecido por alguém que não ama o seu próximo. O amor ao próximo na Bíblia representa muito mais do que o louvor da boca para fora. Ele é posto em prática quando alimentamos os famintos, consolamos os desamparados e cuidados dos rejeitados. Ele tem a ver com o amor pelos inimigos em vez de desejar-lhes vingança. Ele vence o mal com o bem. O amor ao próximo requer humildade e um desejo sincero de colocar as necessidades dos outros acima das nossas próprias necessidades.

Freud, em seu artigo "O mal-estar na civilização" (1929/30) afirma que a sociedade visa a união de maneira libidinal e, para isso, emprega todos os meios. Ela favorece todos os caminhos pelos quais identificações fortes podem ser estabelecidas entre os membros da comunidade, de modo a fortalecer o vínculo comunal através das relações de amizade e restringindo as relações sexuais, fator esse ainda não entendido por ele no momento. Para ele, o que poderia ajudar nesse entendimento era a própria frase “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, na medida em que ela representa uma exigência ideal da sociedade civilizada. Ele continua sua análise sobre o assunto com a visão de que meu amor é, para mim, algo valioso e que não devo “jogar fora” sem reflexão. Essa máxima impõe deveres para cujo cumprimento deve estar preparado e disposto a efetuar sacrifícios. Ele entra na concepção do amor ao próximo como uma relação narcísica, pois, para merecer meu amor, o outro precisa ser semelhante a mim em aspectos importantes, que eu possa me amar nela e ainda ser mais perfeita do que eu (mesmo que só aparentemente), para que eu possa amar meu ideal de meu próprio eu (ideal do ego). Logo, para que haja o tal amor ao próximo, o outro tem que “oferecer” algo a mim. Busco nos outros algo que me faça bem... é um interesse.

Através disso, podemos relacionar à teoria de Skinner, o behaviorismo, que valoriza a interação entre os homens através da relação estímulo-resposta enfatizando reforços positivos ou negativos que garantirão ou não a continuação da relação e dos comportamentos nela apresentados. Se para “amar” o outro, ele precisa ter algo em que eu possa me amar através dela e amar também o meu ideal, é sinal de que ela me ofereceu um reforço positivo fazendo com que eu me interessasse por ela. Nos primeiros contatos com essa pessoa, seus comportamentos para comigo é que farão com que eu me interesse ou não por ela, assim como os meus farão a mesma coisa. Reforçado positivamente por ela, me verei nela e conseqüentemente me amarei nela.

Outra visão espetacular sobre esse tema é a do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Em seu livro "Assim falou Zaratustra", ele afirmou que "o vosso amor ao próximo é vosso mau amor a vós mesmos", e mais, diz também que "é preciso amar-se a si próprio com o amor são, para aprender a suportar-se a si mesmo e a não rondar fora de si. Tal ronda chama-se 'amor ao próximo'".

Onde quero chegar com isso?

Bem, a partir do que foi explicitado acima, nota-se que o amor ao próximo, apesar de ser visto pela maioria das pessoas como um gesto de “caridade” e afeto, também possui um lado pouco visto. O lado do interesse, onde essas relações servem para nós, mais do que para os outros. Hoje em dia, na sociedade líquida em que vivemos, que preza o prazer rápido e sem restrições, o amor de uma forma geral perdeu se valor, na medida em que as pessoas só buscam “felicidade” e, quando dão de cara com obstáculos, “pulam fora”, sem oportunidades para a criação de um vínculo verdadeiro.

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